Opep+ não deve acelerar aumento de produção, apesar de alta de preços, dizem fontes
Por Ahmad Ghaddar e Olesya Astakhova e Alex Lawler
LONDRES (Reuters) - A Opep+ provavelmente manterá os planos existentes para um aumento moderado da produção de petróleo quando se reunir nesta quarta-feira, disseram fontes do grupo, apesar da pressão dos principais consumidores para acelerar os aumentos da produção depois que os preços do petróleo atingiram máximas de sete anos.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia, um grupo conhecido como Opep+, que produz mais de 40% da oferta global de petróleo, enfrentou pedidos dos Estados Unidos, Índia e outros para bombear mais petróleo à medida que as economias se recuperam da pandemia.
Mas a Opep+ manteve suas metas recentes de adicionar 400 mil barris por dia (bpd) a cada mês e justificou o aumento dos preços do petróleo pelo fracasso das nações consumidoras em garantir investimentos adequados em combustíveis fósseis à medida que mudam para energia mais verde.
Vários membros da Opep têm lutado para atender até mesmo aos modestos aumentos mensais de produção acordados pelo grupo.
Três fontes da Opep+ disseram à Reuters nesta quarta-feira que o plano de aumentar a produção em 400 mil bpd em março não deve mudar quando o grupo se reunir online mais tarde.
"Não mais que 400 mil bpd", disse uma das fontes nesta quarta-feira, quando perguntada se a Opep+ poderia discutir um número mais alto.
O petróleo Brent estava sendo negociado acima de 89 dólares o barril nesta quarta-feira, perto de sua máxima de sete anos de 91,70 dólares alcançada na semana passada, em meio a tensões na Europa e no Oriente Médio. [OU]
O Goldman Sachs disse que há uma chance de um aumento mais rápido da produção da Opep+, dado o ritmo do recente rali do mercado.
Um relatório preparado para a reunião por especialistas da Opep+ e visto pela Reuters manteve a previsão de crescimento da demanda mundial de petróleo para 2022 inalterada em 4,2 milhões de bpd.
(Por Ahmad Ghaddar e Olesya Astakhova, reportagem adicional de Alex Lawler e Maha El Dahan )