Opep diz que liberação de reservas de petróleo pode elevar superávit em 2022
A Opep espera que uma liberação de petróleo das reservas dos principais países consumidores, liderada pelos Estados Unidos, aumente o excedente nos mercados de petróleo em 1,1 milhão de barris por dia (bpd), disse uma fonte do grupo.
O Conselho da Comissão Econômica (ECB), órgão econômico e técnico da Opep, reuniu-se nesta semana antes de um encontro ministerial da Opep+ em 2 de dezembro, que deve decidir se o grupo de produtores vai em frente com um aumento de produção planejado.
O ECB vê o mercado de petróleo com um superávit de 400.000 bpd em dezembro, com o superávit expandindo para 2,3 milhões bpd em janeiro e 3,7 milhões bpd em fevereiro, se os países consumidores avançarem com a liberação, disse a fonte sob condição de anonimato.
Os Estados Unidos disseram na terça-feira que vão liberar 50 milhões de barris de petróleo de reservas estratégicas em coordenação com liberações menores de Reino Unido, China, Índia, Coreia do Sul e Japão, para tentar esfriar os preços depois que a Opep+ ignorou os apelos para produzir mais.
O Goldman Sachs estimou o tamanho total da liberação em 70 a 80 milhões de barris, menos de um dia de consumo global, descrevendo-a como uma "gota no oceano".
A Bloomberg News foi a primeira a divulgar as conclusões do Conselho da Comissão Econômica da Opep.
A Opep+ tem resistido aos repetidos apelos do governo do presidente Joe Biden para acelerar seus aumentos de produção conforme desfaz os cortes de produção, que ficarão em 3,8 milhões de barris diários no final de dezembro.
A Opep+ tem aumentado as metas de produção em 400.000 bpd todos os meses desde agosto, dizendo que esses volumes são suficientes porque espera que o mercado de petróleo seja superavitário no próximo ano.
Alguns analistas de mercado, incluindo o JP Morgan, sugeriram que a Opep poderia interromper os aumentos de produção após a liberação de reservas pelos principais consumidores.
Fontes da Opep+ disseram à Reuters que o grupo ainda não iniciou nenhuma discussão sobre a pausa de um aumento de produção planejado em janeiro.
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