Argentina diz que retomou envio de gás ao Brasil para abastecer térmica de Uruguaiana

Publicado em 17/02/2021 11:06

SÃO PAULO (Reuters) - A Argentina informou que está retomando nesta semana as exportações de gás para o Brasil, visando abastecer a usina termelétrica de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, que não opera desde 2015.

A usina, que foi comprada no ano passado pela argentina Saesa junto à norte-americana AES, tem se preparado para voltar a funcionar e chegou a ter testes agendados para esta semana, mas ainda não está produzindo energia, segundo informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A retomada das operações em Uruguaiana permitirá a exportação de até 2,4 milhões de metros cúbicos por dia em gás ao Brasil, desde que o insumo não seja necessário para atender à demanda doméstica, disse o governo argentino em nota.

"Cada dia de operação da central termelétrica implica para a Argentina um ingresso de divisas de até 500 mil dólares", afirmou o país vizinho.

Mas as exportações de excedentes de gás argentino são "temporárias" e devem "se consolidar nos próximos meses", depois de passado o inverno e com resultados esperados do chamado Plano Gás do país, disse a administração argentina na nota.

A usina de Uruguaiana, com 640 megawatts em potência instalada, foi ligada pela última vez em 2015.

Questionado pela Reuters sobre o empreendimento, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) disse que a usina "estava programada para iniciar teste com até 220 MW e chegou a sincronizar uma unidade geradora" ao sistema nesta semana.

Mas a usina ainda não começou a produzir "por conta de um contratempo técnico", e "aguarda a realização de novos testes", acrescentou o ONS.

A térmica no Rio Grande do Sul está paralisada há anos principalmente devido à dificuldade da AES, sua antiga proprietária, de fechar um fornecimento firme de gás.

A usina foi acionada apenas de forma emergencial em 2015, 2014 e 2013, depois de ter ficado parada desde 2009. A unidade foi inaugurada em 2000.

(Por Luciano Costa; Edição de Pedro Fonseca)

Fonte: Reuters

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