Preços do petróleo caem 4% após Trump testar positivo para coronavírus

Publicado em 02/10/2020 10:28 e atualizado em 02/10/2020 11:35

TÓQUIO/LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo caíam mais de 4% nesta sexta-feira depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, testou positivo para Covid-19 e os negociadores não conseguiram chegar a um pacote de estímulo dos EUA.

Essas notícias vêm exatamente quando o aumento da produção global de petróleo ameaça superar uma fraca recuperação dos preços.

O petróleo Brent recuava 1,88 dólar, ou 4,6%, para 39,05 o barril, enquanto nos EUA a commodity baixava 1,85 dólar, ou 4,65%, para 36,92 dólares, por volta das 10:20 (horário de Brasília).

Os contratos futuros do petróleo dos EUA e do Brent estão caminhando para quedas de cerca de 8% e 6%, respectivamente, nesta semana, pela segunda semana consecutiva de baixas.

Em um tuíte, Trump disse que ele e a primeira-dama Melania Trump testaram positivo para Covid-19, o que gerou liquidações nos mercados de ações dos EUA e da Europa.

Biden diz que continuará a rezar por saúde de Trump após presidente contrair Covid-19

WASHINGTON (Reuters) - O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que ele e sua esposa Jill estão enviando seus pensamentos ao presidente dos EUA, Donald Trump, seu adversário na eleição presidencial de novembro, e à primeira-dama, Melania Trump, após ambos terem teste positivo para a Covid-19.

"Jill e eu enviamos nossos pensamentos ao presidente Donald Trump e à primeira-dama, Melania Trump, por uma rápida recuperação. Vamos continuar a rezar pela saúde e segurança do presidente e de sua família", escreveu Biden em um tuíte.

Casas de aposta britânicas suspendem lances para eleição dos EUA após diagnóstico de Covid-19 de Trump

LONDRES (Reuters) - Casas de aposta do Reino Unido suspenderam os lances sobre o resultado da eleição presidencial dos Estados Unidos nesta sexta-feira depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, disse ter sido diagnosticado com Covid-19.

A Ladbrokes, a irlandesa Paddy Power e o site Betfair estão entre as empresas que interromperam as apostas sobre a disputa de 3 de novembro.

"Suspendemos os mercados da eleição dos EUA temporariamente enquanto esperamos novas atualizações. Este é o procedimento padrão, e desejamos o melhor para Donald e Melania Trump", disse uma porta-voz da Ladbrokes em um comunicado.

O Betfair estimou na quarta-feira em 60% a probabilidade de o desafiante democrata Joe Biden vencer, após o primeiro debate presidencial norte-americano --antes do embate ela era de 56%. A probabilidade de vitória de Trump caiu para 40%.

As apostas políticas são ilegais nos EUA, mas permitidas e comuns no Reino Unido.

Trump e Pence manterão distância após presidente testar positivo para Covid-19, diz autoridade

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o vice-presidente, Mike Pence, trabalharão em residências diferentes, disse uma alta autoridade da Casa Branca à Reuters nesta sexta-feira, horas depois de o presidente anunciar que testou positivo para o coronavírus.

A autoridade, que não quis ser identificada, disse que Trump "não está incapacitado", acrescentando que as equipes do presidente e de seu vice também serão mantidas separadas "por precaução".

Teste positivo de Trump para Covid-19 abala mercados antes de eleições

LONDRES (Reuters) - Os investidores, já nervosos antes das eleições nos Estados Unidos em novembro, agora têm outra coisa com que se preocupar: a saúde do presidente norte-americano.

O diagnóstico de Covid-19 de Donald Trump desencadeou nesta sexta-feira uma liquidação nas ações e no petróleo e um aumento na demanda por portos seguros tradicionais -- como ouro e títulos.

"O presidente dos Estados Unidos está com uma doença que mata pessoas. As pessoas estão se livrando do risco por causa disso", disse Chris Weston, chefe de pesquisa da Pepperstone.

Mas para onde vão os investidores a partir de agora depende, em grande medida, de como o presidente dos EUA lidará com a doença que matou mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo.

"Esta é uma nova incerteza em um mundo que já está confuso, o que não é o melhor", disse Chris Bailey, estrategista europeu da Raymond James.

Se seus sintomas forem leves e ele se recuperar rapidamente, os mercados podem se estabilizar e Trump pode usar a experiência para projetar sua imagem como um guerreiro na campanha contra seu adversário democrata, Joe Biden.

Mas se, aos 74 anos, Trump ficar muito doente e precisar ser hospitalizado, como aconteceu com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ou se o vírus se espalhar para outros membros de seu governo, os investidores ficarão alarmados.

"O que está me deixando preocupado mais do que qualquer outra coisa é o ponto de interrogação sobre a legitimidade do processo eleitoral", disse David Arnaud, administrador de fundos de renda fixa da Canada Life Asset Management, sobre o diagnóstico de Trump.

A notícia levou os investidores a se prepararem para um período de alta volatilidade, com a maioria concordando que os mercados permanecerão tensos no futuro próximo.

Os indicadores de volatilidade avançavam, com o amplamente observado VIX subindo para quase 29 pontos, ante patamar de cerca de 27 pontos na quinta-feira.

 

Piores meses de coronavírus ainda estão por vir, diz Merkel

BRUXELAS (Reuters) - Os últimos números relacionados às infecções por coronavírus são preocupantes, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, em coletiva de imprensa em Bruxelas nesta sexta-feira, acrescentando que os piores meses da pandemia ainda estão por vir.

"Todos estão preocupados com o aumento do número de infecções", afirmou ela. "Todos sabem que os meses mais difíceis estão à nossa frente."

Máscaras se tornam obrigatórias em Roma após escalada do coronavírus

ROMA (Reuters) - Máscaras terão que ser usadas todo o tempo em ambientes externos na capital italiana Roma e na região circundante de Lazio, determinaram autoridades locais nesta sexta-feira na tentativa de conter as infecções de coronavírus em ascensão.

Na quinta-feira, a Itália registrou mais de 2 mil casos novos de coronavírus pela primeira vez desde o final de abril. Lazio foi responsável por cerca de 265 destes casos, e se preocupa cada vez mais com o contágio crescente.

Várias regiões italianas, como Campânia, localizada no centro de Nápoles, já tornaram o uso de máscaras obrigatório ao ar livre --antes elas só tinham que ser utilizadas em espaços públicos fechados, como lojas e cinemas.

"A maioria dos casos está ligada à falta de respeito no uso de máscaras e no distanciamento social", disse o chefe de saúde de Lazio, Alessio D'Amato, aos repórteres nesta sexta-feira ao anunciar a nova medida.

A Itália foi o primeiro país da Europa a ser atingido pela Covid-19 e tem o segundo maior número de mortes do continente, só perdendo para o Reino Unido. Quase 36 mil pessoas morreram desde que o surto emergiu em fevereiro, e o país já registrou 317.409 casos.

Graças a um dos lockdowns mais rígidos do mundo, o governo conseguiu controlar o contágio durante o verão local.

Os casos voltaram a aumentar lentamente ao longo dos últimos dois meses, mas a Itália continua tendo menos infecções diárias do que outras partes da Europa. França, Espanha e Reino Unido estão registrando milhares de casos adicionais por dia.

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, descartou a volta de um lockdown de âmbito nacional, mas autoridades disseram que restrições mais severas podem ter que ser adotadas no futuro em áreas limitadas para conter focos localizados.

Fonte: Reuters

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