Petróleo avança com planos da China para aumentar importação dos EUA
Por Laura Sanicola
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo avançaram nesta segunda-feira, depois de a Opep+ indicar adesão praticamente total ao pacto do grupo para cortes de oferta em julho e de autoridades dos Estados Unidos afirmarem que a China está cumprindo a fase 1 do acordo comercial entre os países.
O petróleo Brent fechou em alta de 0,57 dólar, ou 1,3%, a 45,87 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) avançou 0,88 dólar, ou 2,1%, para 42,41 dólares o barril.
O comprometimento de membros da Opep+ com o pacto do grupo para reduzir a oferta de petróleo girou em torno de 97% em julho, disseram à Reuters duas fontes da Opep+. Os países produtores têm promovido cortes recordes de bombeamento, com o objetivo de diminuir os estoques globais da commodity.
Enquanto isso, a China está cumprindo sua parte no acordo comercial assinado com os EUA em janeiro, afirmou o presidente Donald Trump nesta segunda-feira --embora o país asiático esteja atrasado nas compras prometidas de produtos norte-americanos.
Petroleiras estatais chinesas reservaram navios-tanques provisoriamente para transportar pelo menos 20 milhões de barris de petróleo dos EUA em agosto e setembro.
"Há indicações de que a demanda está ganhando força na China... Nós não estamos em um mercado de alta, mas a questão da demanda na China parece realmente ser o que tem atraído o foco do mercado", disse John Kilduff, sócio da Again Capital em Nova York.
(Reportagem de Laura Sanicola, com reportagem adicional de Bozorgmehr Sharafedin e Florence Tan)