Cultivo da safrinha do milho anima produtores do grão de todo país
Na fazenda do agricultor Paulo Lauxen, em Sinop, no norte de Mato Grosso, a área de milho safrinha está menor. Ele diz que o plantio foi feito com mais de 20 dias de atraso, já que a colheita da soja se estendeu este ano por causa do clima. Em muitos talhões o milho está pequeno.
“Estava com a semente, o adubo e os insumos todos comprados. Então, a gente plantou. Mas é área de risco. Precisamos ainda tem o mínimo de 40 dias de chuva para ser uma produção razoável”, esclarece o agricultor.
Mesmo com toda a correria, Paulo Lauxen explica que não conseguiu plantar os 1,8 mil hectares que havia planejado. “Ficaram 200 hectares sem plantar. A semente ficou guardada porque não adianta mais plantar. Nem para a palhada não daria”.
Segundo o IMEA, Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária, a área cultivada no estado deve ficar em 10% a menos que na safrinha passada. Essa é a maior redução desde 1990, quando os agricultores começaram a investir no milho segunda safra em Mato Grosso.
Apesar da redução na área os agricultores esperam um bom lucro na safrinha. O preço da saca de milho está bem melhor se comparado ao mesmo período do ano passado. Além disso, o custo para produzir diminuiu.
“No pacote de alta tecnologia houve uma redução em torno de 7%, puxada principalmente pela redução dos fertilizantes, que teve um decréscimo de 20%”, avalia Otávio Celidônio, superintendente do IMEA.
No Paraná, houve sol e chuva na hora certa. O tempo ajudou paras o milharal ficar bonito. Na lavoura de Paulo Orso, o milho safrinha está na fase de formação de espigas.
Nesse ano, o produtor aumentou a área de plantio em 20% e está contente com o resultado. Os grãos são de qualidade e boa parte da produção foi vendida antecipadamente. Agora, é só esperar a colheita, prevista pra junho.
“A maior parte da nossa região foi privilegiada pelas condições de verão. Até pela nossa colheita de soja, propiciou que a gente plantasse praticamente dentro do tempo recomendado, no final de janeiro e no começo de fevereiro. Então temos a grande maioria das lavouras da nossa região na fase de espigamento ou formação de grãos”, detalha Orso.
A área cultivada com milho safrinha no Paraná deve crescer cerca de 20% em relação à safrinha passada.
Nessa safrinha os produtores estão mais otimistas. O bom preço de comercialização dos grãos estimulou o plantio.
Os custos de produção no Paraná são: para uma produtividade média de 70 sacas por hectare o produtor deve faturar, aos preços de hoje, R$ 1.680,00 por hectare. Segundo o Deral, o custo de produção é de R$ 1.235,00. Sobram R$ 445 por hectare.
“É um momento muito bom para o campo. O milho está num bom preço hoje. A tendência do milho é que esse preço permaneça alto. Então, a segunda safra de milho no oeste do Paraná vai ser uma safra que terá bons preços. O mercado está demandando mais milho. Com isso, o preço está muito atrativo para o produtor rural”, avalia Dilvo Grolli, presidente da Coopavel.
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