Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduz estimativa para safra de milho da Argentina

Publicado em 21/01/2011 06:54 e atualizado em 21/01/2011 12:30
Por conta da seca e do calor excessivo na Argentina, a  Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu a estimativa de produção de milho no país para 19,5 milhões de toneladas em 2010/11, 850 mil toneladas a menos que o previsto semana passada para esta mesma temporada agrícola. A projeção do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para a Argentina é de uma produção de 23,5 milhões de toneladas.

Segundo a bolsa, os danos causados pela seca no mês passado levaram alguns produtores a transformar as lavouras de milho em pastagem para o gado em vez de colhê-las. Contudo, as perspectivas parecem melhores depois das chuvas e com a previsão de mais chuvas na próxima semana, disse o relatório semanal da bolsa. Até o momento, 97,2% da safra de milho foram plantadas na Argentina.

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires manteve a previsão para a produção de soja em 2010/11 em 47 milhões de toneladas, bem abaixo das primeiras estimativas. O clima seco, reflexo do fenômeno La Niña, estava sendo considerado um risco para o desenvolvimento da soja e gerou temores de que a produção fosse prejudicada no país. Ainda que a produtividade tenha sido afetada em muitas áreas de produção da Argentina, a chuva chegou a tempo de evitar maiores perdas. O plantio de soja está praticamente terminado na Argentina, o terceiro maior exportador mundial do grão e maior exportador mundial de farelo e de óleo de soja.

De acordo com a bolsa, a colheita do trigo está quase completa. A projeção de produção no país foi mantida em 15 milhões de toneladas. Já a colheita de girassol acaba de ser iniciada, e a produção foi estimada em 2,7 milhões de toneladas.

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Fonte: Valor Econômico

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