Milho: Mercado aguarda exportações semanais para encontrar direção
O cereal vem subindo desde meados de julho. Recentemente, a commodity encontrou suporte em estimativas do governo norte-americano reduzidas para a produção, produtividade e estoques do cereal divulgadas na última sexta-feira. Nesta quarta-feira, as cotações recuaram pela primeira vez em quatro sessões depois de alcançar o maior patamar em dois anos.
“As pessoas estão olhando para este mercado, sua tendência de alta e já começam a pensar em reservar parte de seus lucros. Os preços estão ganhando espaço no lado das altas”, disse Dale Durchholz, analista da AgriVisor, de Illinois.
Segundo o analista, os participantes do mercado têm observado sinais de que os altos preços podem provocar um esfriamento da demanda e estão preocupados com especulações de que a Coreia do Sul pode voltar atrás em algumas compras de grãos. O maior moinho do país comprou milho para entrega em março.
“Quando se alcança esses altos patamares, nós vemos uma ausência de consumidores-finais comprando e vemos também a falta de novos fundos comprando. Este é um sinal preocupante”, explicou Don Roose, presidente da corretora U.S. Commodities, de Iowa.
Roose disse ainda que os participantes do mercado têm de digerir o que foi feito até agora antes de promover uma pressão maior. Diante do ainda desconhecido tamanho da safra norte-americana, os futuros têm um bom espaço para alongar seus ganhos.
Nesta sexta-feira, os traders terão de assimilar os dados de exportações semanais dos EUA que serão divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Para o milho, a expectativa do mercado é de vendas entre 1,4 e 2 milhões de toneladas. Caso o USDA traga números mais altos do que e ainda assim os preços recuarem será um sinal de que o mercado terá de esforçar para estender o rally de preços, alertou o presidente da US Commodities.
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Com informações da Dow Jones