Exportação de milho do Brasil segue muito atrás de 2023, com outras origens mais competitivas
Nesta segunda-feira (21), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) até este momento em outubro alcançou 3.913.747,9 toneladas. O volume representa 46,32% do total exportado no mesmo mês do ano passado, que ficou em 8.448.437,7 toneladas.
A média diária de embarques nestes 14 primeiros dias do mês ficou em 279.553,4 toneladas, representando queda de 30,5% com relação a média diária embarcadas de outubro do ano anterior, em ficou em 402.306,6 toneladas.
O Consultor de Grãos e Projetos na Agrifatto, Stefan Podsclan, destaca que 2024 é um ano mais fragilizado em termos de exportação.
“Temos um acumulado do ano perto de 24,5 milhões de toneladas, mas no ano passado tínhamos um acumulado com 10 milhões de toneladas a mais nesse período”, pontua.
Posdclan ainda destaca que, hoje a referência nos portos trabalha próximo dos R$ 70,00, o que tira a competitividade do cereal brasileiro no mercado internacional.
“Quando a gente olha para o cenário internacional, quem está arbitrando nas exportações são os Estados Unidos, que a gente vem acompanhando pelo cenário de vendas. Então o mercado brasileiro para exportação está caro no cenário internacional e quem tem mais disponibilidade hoje são os Estados Unidos”, diz o consultor.
Com relação ao faturamento, o Brasil já arrecadou um total de US$ 778,523 milhões no mês, contra US$ 1,902 bilhão de todo outubro/23. O que na média diária deixa o atual mês com baixa de 38,6% ficando com US$ 55,608 milhões por dia útil contra US$ 90,602 milhões em outubro do ano anterior.
O preço médio pago pela tonelada do milho brasileiro também recuou 11,7% dos US$ 225,20 registrados em outubro de 2023 para os US$ 198,90 contabilizados na primeira semana deste mês.