Exportação de milho de agosto/24 chega em 4,6 milhões de toneladas, menos da metade de agosto/23

Publicado em 26/08/2024 15:29 e atualizado em 26/08/2024 16:06
Analista acredita em volume exportado insuficiente para enxugar estoques de milho do Brasil

Nesta segunda-feira (22), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) até aqui em agosto alcançou 4.602.807,6 toneladas. O volume representa 49,15% do total exportado no mês de agosto do ano passado, que ficou em 9.363.475,8 toneladas.               
                
A média diária de embarques nestes primeiros 17 dias de agosto/24 ficou em 270.753,4 toneladas, representando queda de 33,5% com relação a média diária embarcadas de agosto do ano anterior, em ficou em 407.107,6 toneladas.           

Roberto Carlos Rafael da Germinar Corretora, destaca que, assim como o previsto, houve uma melhora nos volumes embarcados em julho, mas ainda aquém das expectativas e do ano anterior. 

“Nesse mês de agosto em relação ao ano passado, provavelmente, nós vamos ficar para trás de 2 a 3 milhões de toneladas com relação ao que foi exportado no mês de agosto de 2023. A exportação nesse mês de agosto deve ficar entre 6 e 7 milhões de toneladas e isso vai fazer com que a gente tenha uma exportação no ano safra agrícola, de fevereiro até agosto, ao redor de 14 milhões de toneladas”, diz. 

Rafael destaca que, para chegarmos ao patamar de 40 milhões de toneladas, o que ainda seria um volume pequeno para enxugar os estoques brasileiros, ainda faltariam 26 milhões de toneladas de setembro até janeiro. 

“Precisaríamos ao redor de 5,5 milhões de toneladas de exportação por mês. É um número totalmente factível, desde que a gente tenha o interesse do produtor em vender e o que a gente percebe neste momento, é que o produtor não atende o preço e consegue neste momento ter a estratégia de levar para frente”, aponta o analista. 

Com relação ao faturamento, o Brasil já arrecadou um total de US$ 924.562,9 milhões no mês, contra US$ 2,236 bilhões de todo agosto/23. O que na média diária deixa o atual mês com baixa de 44,1% ficando com US$ 54,386 milhões por dia útil contra US$ 97,250 milhões em agosto do ano anterior.                      

O preço médio pago pela tonelada do milho brasileiro também recuou 15,9% dos US$ 238,90 registrados em agosto de 2023 para os US$ 200,90 contabilizados na terceira semana de agosto de 2024. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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