Milho opera em queda na B3 nesta 4ª, enquanto Chicago busca definir direção
A quarta-feira (21) é negativa patra os futuros do milho negociados tanto na B3, quanto na Bolsa de Chicago. Perto de 11h35 (horário de Brasília), as perdas no mercado brasileiro variavam de 0,2 a 0,5% entre as posições mais negociadas, com o setembro valendo R$ 60,25 e o janeiro, R$ 66,14 por saca.
"No Brasil, os futuros recuam diante da lentidão das negociações no mercado físico. Em Chicago, a percepção de aumento nas exportações para países do Sul da África e a elevação na produção de etanol dos EUA, sustentam os preços", traz o reporte diário da Pátria Agronegócios.
A pressão vem ainda, segundo explicam analistas e consultores de mercado, da reta final da colheita no Brasil e de uma demanda ainda mais contida. "Os consumidores devem seguir apenas adquirindo lotes pontuais, ao mesmo tempo que produtores fixam poucas ofertas", afirmam os analistas da Safras & Mercado. E a liquidez deve seguir limitadas, com os vendedores distantes de novos negócios frente aos atuais patamares.
Ainda nesta quarta-feira, os futuros do cereal na B3 sentem também a pressão do dólar em queda. A moeda americana, perto de 11h40, perdia 0,2%, mas ainda era cotado a R$ 5,47.
BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, as cotações do cereal trabalham com estabilidade, porém, já testaram os dois lados da tabela. Perto de 11h45 (Brasília), os dois primeiros contratos subiam, com 0,75 e 0,25 ponto de alta, enquanto os dois seguintes operavam no vermelho, perdendo 0,50 e 0,75 ponto, com o setembro cotado a US$ 3,75 e o dezembro a US$ 3,98 por bushel.
O mercado do milho, assim como acontece com a soja, acompanha de perto a conclusão da safra norte-americana, com a colheita começando já nas próximas semanas e o crop tour Pro Farmer em andamento.
Há números já fechados para Ohio, Dakota do Sul, Indiana e Nebraska. Nos dois primeiros, a produtividade do milho veio menor do que no ano passado, enquanto a contagem de vagens foi melhor na Dakota do Sul e mais baixa em Ohio. Já nos dois seguintes, os números levantados tanto para a oleaginosa, quanto para o cereal, apresentam crescimento em relação à safra anterior.
A competitividade do milho brasileiro é mais um ponto que está no radar dos traders, bem como as perspectivas para a nova safra da Argentina. Nesta semana, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires reportou uma estimativa de 17% de queda na área da temporada 2024/25 para 6,3 milhões de hectares, o que chamou a atenção do mercado internacional.