Preços do milho ganham força ao longo do pregão e fecham 2ªfeira em alta nas Bolsas

Publicado em 29/07/2024 16:41
B3 e Chicago começaram o dia recuando, mas encerram com ganhos

Após abrirem a segunda-feira (29) recuando na Bolsa Brasileira (B3), os preços futuros do milho ganharam força ao longo do dia e finalizaram o pregão com movimentações positivas. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 61,07 e R$ 70,20. 

O vencimento setembro/24 foi cotado à R$ 61,07 com queda de 0,02%, o novembro/24 valeu R$ 65,05 com alta de 0,23%, o janeiro/25 foi negociado por R$ 68,29 com ganho de 0,43% e o março/25 teve valor de R$ 70,20 com elevação de 0,01%. 

Na visão do Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, não há mais espaço para quedas nos preços do milho, já que te as cotações já atingiram o fundo do poço. 

“O mercado do milho tende a se recuperar aos poucos e continuar subindo pela escada”, afirma Brandalizze. 

Nesta segunda-feira (29), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) até aquui em julho alcançou 2.760.867,7 toneladas. O volume representa apenas 65,2% do total exportado no mês de julho do ano passado, que ficou em 4.230.622,7 toneladas.  

Leia mais:

+ Brasil exportou mais de 1 milhão de toneladas de milho na quarta semana de julho/24      
             
A média diária de embarques nestes 20 primeiros dias de julho/24 ficou em 138.043,4 toneladas, representando queda de 31,5% com relação a média diária embarcadas de julho do ano anterior, em ficou em 201.458,2 toneladas. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve um primeiro dia da semana bastante movimentado. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Sorriso/MT, Rio Verde/GO, Campinas/SP e Porto de Santos/SP. Já as valorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Eldorado/MS. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira 

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que as recentes elevações dos preços internacionais e da moeda norte-americana impulsionaram os preços domésticos do milho ao longo da última semana.  

“Apesar de a colheita seguir em ritmo acelerado em relação ao ano anterior, produtores voltaram a se retrair, na expectativa de valorizações ainda mais significativas e de que novas altas sejam repassadas ao mercado interno”, dizem os pesquisadores do Cepea. 

A publicação ainda destaca que, “no campo, dados da Conab mostram que, até o dia 21 de julho, 79,6% da safra já foi colhida, avanço semanal de 5,4 p.p. e alta de fortes 31 p.p. em relação ao ano anterior. A Conab também aponta que a produtividade das lavouras foi afetada pela seca em alguns estados, como São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais”. 

Mercado Externo 

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro também foram ganhando força ao longo do pregão e finalizaram a segunda-feira contabilizando movimentações positivas. 

O vencimento setembro/24 foi cotado à US$ 3,96 com alta de 1,75 pontos, o dezembro/24 valeu US$ 4,12 com ganho de 2,25 pontos, o março/25 foi negociado por US$ 4,27 com valorização de 2,50 pontos e o maio/25 teve valor de US$ 4,37 com elevação de 2,25 pontos. 

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (26), de 0,44% para o setembro/24, de 0,55% par ao dezembro/24, de 0,59% para o março/25 e de 0,52% para o maio/25. 

A análise da Agrinvest destacou que os preços futuros do milho tentaram se equilibrar entre a forte desvalorização da soja e a alta do trigo nesta segunda-feira em Chicago.  

“O clima ainda está quente e seco no Meio-Oeste dos Estados Unidos, mas a previsão para os próximos sete dias indica o retorno das chuvas, aliviando as preocupações com as lavouras”, acrescentam os analistas da Agrinvest. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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