Preço do milho sobe levemente em Chicago nesta 6ªfeira, mas não consegue reverter perdas semanais acima dos 2%

Publicado em 12/07/2024 16:43
B3 acompanha em alta neste pregão e consegue fechar semana acumulando elevações

A sexta-feira (12) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 56,25 e R$ 65,65 e acumularam leves avanços ao longo desta semana. 

O vencimento julho/24 foi cotado à R$ 56,25 com alta de 0,91%, o setembro/24 valeu R$ 58,30 com valorização de 1,37%, o novembro/24 foi negociado por R$ 61,92 com elevação de 1,09% e o janeiro/25 teve valor de R$ 65,65 com ganho de 1,00%. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram elevações de 0,59% para o julho/24, de 0,78% para o setembro/24, de 0,10% para o novembro/24 e de 0,21% para o janeiro/25, em relação ao fechamento da última sexta-feira (05). 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve poucas alterações neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas em Brasília/DF e percebeu valorização somente na praça de Sorriso/MT. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira 

De acordo com a análise da Agrinvest, a alta do milho em Chicago acabou trazendo suporte para o milho na B3, com ganhos acima de 1% nesta sexta-feira. Esse movimentou fez com que o cereal revertesse as baixas da semana e finalizasse a variação semanal no campo positivo.

“A colheita continua avançando rapidamente no brasil, porém, o farmer selling continua fraco, assim como o baixo ritmo de nomeações na exportação de milho”, acrescenta a consultoria.  

Felipe Sawaia, Analista de Inteligência de Mercado de Grãos da StoneX, também ressalta essa dualidade na direção dos preços, com o avanço muito rápido da colheita pressionando por um lado, e os produtores segurando as vendas sustentando por outro. 

Essa retenção das vendas, que de acordo com os números da StoneX está em 32% até a última sexta-feira (5), também impede o avanço das exportações brasileiras, que estão registrando embarques bastante abaixo dos registrados na temporada passada.   

Mercado Externo 

Na Bolsa de Chicago (CBOT), a sexta-feira se encerrou com leves altas para a maior parte dos preços internacionais do milho futuro, o que não foi suficiente para evitar o acumulado semanal negativo de perdas acima dos 2% 

O vencimento julho/24 foi cotado à US$ 4,00 com queda de 6,75 pontos, o setembro/24 valeu US$ 4,02 com elevação de 1,75 pontos, o dezembro/24 foi negociado por US$ 4,14 com ganho de 4,00 pontos e o março/25 teve valor de US$ 4,28 com valorização de 3,75 pontos. 

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (11), de 0,44% para o setembro/24, de 0,97% para o dezembro/24 e de 0,88% para o março/25, além de perda de 1,66% para o julho/24. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram desvalorizações de 2,74% para o julho/24, de 2,07% para o setembro/24, de 2,18% para o dezembro/24 e de 2,28% para o março/25, em relação ao fechamento da última sexta-feira (05). 

Felipe Sawaia, explica que os números divulgados hoje pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apontaram maior produção de milho nos Estados Unidos, mas isso já era esperado pelo mercado após a elevação da área de plantio no último dia 30. 

O analista também destaca que, apesar de haver aumento nas exportações de milho dos Estados Unidos na safra 23/24 e elevação no consumo de ração para o mesmo ciclo, os estoques finais 23/24 nos EUA seguem elevados e confortáveis, mantendo a pressão no mercado. 

Para Sawaia, agora o foco de Chicago será todo na produtividade e nas condições climáticas para o desenvolvimento das lavouras dos EUA. Com o último dado do USDA apontando 68% das lavouras em boas condições, acima da média histórica de 62%, apenar um clima ruim poderia reverter essa tendência de baixas, mas por enquanto, as cotações devem seguir pressionadas. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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