Com safra andando bem e queda nas vendas, milho vai às mínimas de 9 semanas em Chicago

Publicado em 21/06/2024 17:24
B3 também finalizou a semana acumulando perdas

A sexta-feira (21) chega ao final com os preços futuros do milho registrando movimentações em campo misto e próximas da estabilidade na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 57,60 e R$ 67,75, mas acumularam perdas ao longo da semana. 

O vencimento julho/24 foi cotado à R$ 57,60 com alta de 0,23%, o setembro/24 valeu R$ 60,50 com estabilidade, o novembro/24 foi negociado por R$ 64,50 com elevação de 0,47% e o janeiro/25 teve valor de R$ 67,75 com queda de 0,28%. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram perdas de 1,05% para o setembro/24, de 0,77% para o novembro/24 e de 1,09% para o janeiro/25, além de alta de 0,02% para o julho/25, em relação ao fechamento da última sexta-feira (14).  

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco nesse último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em Castro/PR e verificou valorizações nas praças de Sorriso/MT e Porto de Santos/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira 

A análise da Agrinvest aponta que, apesar de ganhos moderados no pregão de hoje, a semana é de baixa para o cereal seguindo o movimento negativo do milho em Chicago. 

“Mesmo com um dólar mais forte nos últimos dias, a entrada da colheita do milho safrinha, associada a um farming selling mais lento e boas perspectivas de produção para o milho nos EUA, acabaram puxando os preços para baixos”, dizem os analistas da consultoria. 

De acordo com a Analista de Grãos e Oleaginosas do Rabobank Brasil, Marcela Marini, o mercado do milho passa por um período de cotações pressionadas em função do desenvolvimento das lavouras em diferentes partes do mundo. Enquanto a colheita avança no Brasil e na Argentina, a nova safra dos Estados Unidos chega ao final do plantio com bom desenvolvimento.  

Marini, destaca que essa pressão deve seguir presente no mercado nos próximos momentos, com mais oferta de milho entrando na América do Sul e uma safra norte-americana que, apesar de ser menor do que a recordista da temporada passada, ainda vai permitir estoques finais elevados. 

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro finalizaram a sexta-feira contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT) e finalizaram a semana acumulando movimentações desvalroizações. 

O vencimento julho/24 foi cotado à US$ 4,35 com desvalorização de 4,75 pontos, o setembro/24 valeu US$ 4,40 com perda de 4,25 pontos, o dezembro/24 foi negociado por US$ 4,53 com baixa de 3,50 pontos e o março/25 teve valor de US$ 4,64 com queda de 3,50 pontos. 

Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (20), de 1,08% para o julho/24, de 0,96% para o setembro/24, de 0,77% para o dezembro/24 e de 0,75% para o março/25. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram perdas de 3,33% para o julho/24, de 3,61% para o setembro/24, de 3,62% para o dezembro/24 e de 3,58% para o março/25, em relação ao fechamento da última sexta-feira (14). 

Segundo informações da Agrinvest, os recuos do milho renovaram os menores patamares em nove semanas na Bolsa de Chicago. 

“Pela manhã tivemos a divulgação das vendas semanais pelo USDA mostrando queda nas vendas para o milho, vindo abaixo das expectativas do mercado”, explicam os analistas da consultoria. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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