Milho: Mercado tem fortes e novas altas na B3 com clima preocupando e corte na safra do BR pela Conab

Publicado em 12/03/2024 12:17

Os preços do milho voltam a subir na B3 de forma expressiva na B3 nesta terça-feira (12). As cotações continuam refletindo as condições adversas de clima que se apresentam para a safrinnha e testam ganhos de quase 2% no início da tarde de hoje, com o maio sendo cotado a R$ 62,81 e o setembro com R$ 62,76 por saca. O mercado no Brasil acompanha o avanço do cereal na Bolsa de Chicago - com altas de 1,75 a 4 pontos nos principais vencimentos - e do dólar frente ao real. 

A semana marcada pelo calor intenso, com temperaturas superando os 40ºC em algumas regiões do Centro-Sul do Brasil, mantém sinais de alerta acesos para a segunda safra de milho, que tem seu plantio em fase final e o desenvolvimento das lavouras em curso nas principais regiões produtoras do país. O Brasil segue sentindo os efeitos do El Niño. 

"A quebra desta onda de calor só irá ocorrer mais para o final da semana, quando uma nova onda de frio na região Sul começará a se deslocar para a região Central e Sudeste do Brasil, diminuindo gradualmente as temperaturas", afirma o time da Agrinvest Commodities. 

Ainda segundo os especialistas da consultoria, este cenário "gera preocupação pontual para as lavouras já estabelecidas de milho safrinha. o plantio nas principais regiões ocorreu bem e de forma acelerada, mas se o estresse térmico e poucoas chuvas se alongarem por mais dias, isso pode representar algum risco para a produtividade da safra". 

Ainda nesta terça-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) voltou a cortar sua projeção para a safra de milho no Brasil, e o "ajuste foi realizado perante uma redução de área, saindo de 20,444 milhões de hectares em fevereiro para 20,361 milhões na estimativa de março. Os níveis de produtividade saíram de 5,561 apara 5,538 quilos por hectare", complementa a Agrinvest. 

Desta forma, o último número projetado pela estatal é de uma produção total de milho no Brasil de 112,725 milhões de toneladas, contra 113,696 milhões na estimativa de fevereiro. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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