Após abrir a semana em alta, B3 perde força e milho acumula altos e baixos

Publicado em 24/11/2023 17:41
Chicago encerra com perdas semanais

A sexta-feira (24) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 66,78 e R$ 71,50 e acumularam resultados mistos ao longo da semana. 

O vencimento janeiro/24 foi cotado à R$ 66,78 com baixa de 1,24%, o março/24 valeu R$ 70,72 com perda de 1,37%, o maio/24 foi negociado por R$ 71,50 com desvalorização de 1,38% e o julho/24 teve valor de R$ 69,40 com queda de 1,21%. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram recuos de 0,31% para o janeiro/24 e 0,43% para o julho/24, além de ganhos de 0,45% para o março/24 e de 0,14% para o maio/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (17). 

Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou um último dia da semana mais positivo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas em Campinas/SP, enquanto as valorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira 

Para o Analista de Inteligência de Mercado da StoneX, João Pedro Lopes, nos últimos dias o cenário climático do Brasil tem ditado as movimentações do mercado do milho no país. Na semana passada e começo desta, era a falta de chuvas no Centro-Norte e excesso de precipitações no Sul que impulsionavam as cotações. Já do meio da semana para sexta-feira, a melhora do quadro pesou e os preços recuaram.   

Na visão de Lopes, o clima para o plantio da soja, que pode reverter em impactos para a safrinha de 2024 de milho, vai seguir no foco do mercado daqui para a frente, influenciando na direção dos preços. 

Mercado Externo 

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro também encerraram uma sexta-feira negativa, que levou ao acúmulo de perdas semanais. 

O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,63 com desvalorização de 5,50 pontos, o março/24 valeu US$ 4,82 com perda de 5,25 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 4,94 com queda de 4,50 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 5,03 com baixa de 4,25 pontos. 

Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (23), de 1,07% para o dezembro/23, de 1,03% para o março/24, de 1% para o maio/24 e de 0,98% para o julho/24. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam perdas de 0,86% para o dezembro/23, de 0,62% para o março/24, de 0,40% para o maio/24 e de 0,20% para o junho/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (17). 

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho caíram durante o pregão mais curto de hoje. 

“As quedas no mercado de energia, à medida que o progresso diplomático foi feito entre Israel e o Hamas, repercutiram no mercado do milho durante o comércio de hoje. As preocupações com o uso final do complexo do etanol também mantiveram as negociações do milho no vermelho durante o pregão de hoje”, destacou Jacqueline Holland, analista da Farm Futures. 

A publicação ainda ressalta que, da noite para o dia, uma mudança abrupta na posição da Casa Branca relativamente à política do etanol adicionou hoje uma pressão baixista sobre os preços dos mercados do milho. 

“A Casa Branca está adiando a ação em relação aos pedidos dos estados do Cinturão Agrícola para permitir vendas regionais de gasolina misturada com volumes maiores de etanol após a indústria petrolífera alertar que a medida poderia causar interrupções no fornecimento regional e picos de preços, de acordo com duas fontes familiarizadas com o assunto” relata Jarrett Renshaw e Stephanie Kelly para a Reuters esta manhã.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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