Exportação dá suporte e milho salta quase 2,5% ao longo da semana na B3

Publicado em 13/10/2023 17:09
Chicago tem cenário frágil e fica quase na estabilidade semanal

A sexta-feira (13) chega ao final com os preços futuros do milho tendo mais um dia de avanços na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações fecharam o pregão flutuando na faixa entre R$ 62,15 e R$ 69,39 e acumularam valorização semanal de até 2,44%. 

O vencimento novembro/23 foi cotado à R$ 62,15 com valorização de 1,34%, o janeiro/24 valeu R$ 65,96 com elevação de 1,27%, o março/24 foi negociado por R$ 69,39 com ganho de 0,81% e o maio/24 teve valor de R$ 68,00 com alta de 0,44%. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram elevações de 2,44% para o novembro/23, de 2,15% para o janeiro/24, de 1,00% para o março/24 e de 1,69% para o maio/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (06). 

Para o Consultor em Agronegócios da Terra Agronegócios, Ênio Fernandes, o Brasil tem se aproveitado do cenário de fragilidade para a comercialização dos Estados Unidos para ocupar novos espaços no mercado internacional e potencializar as exportações, que somaram quase 28 milhões de toneladas até setembro e tem mais de 9 milhões de toneladas no line-up de outubro. 

Na visão do consultor, essas exportações estão ajudando a nivelar o mercado interno, já que os produtores conseguem ofertas maiores pelo grão e fazem os consumidores nacionais buscarem mais compras antes que todo o volume seja exportado.   

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um último dia da semana positivo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas em Sorriso/MT. Já as valorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/MT, Pato Branco/PR, Rio Verde/GO, Brasília/GO, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP e Porto de Santos/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira 

“O milho segue tendo quadro positivo. O cenário é apertado com a safra que está sendo colhida nos Estados Unidos menor do que o esperado e, aqui dentro, o mercado reagindo porque segue forte na exportação com um mercado comprador no porto”, comenta Vlamir Brandalizze, Analista de Mercado da Brandalizze Consulting. 

Mercado Externo 

Já os preços internacionais do milho futuro encerraram a sexta-feira com operações no campo negativo da Bolsa de Chicago (CBOT) 

O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,93 com queda de 2,75 pontos, o março/24 valeu US$ 5,08 com desvalorização de 3,00 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 5,16 com baixa de 3,00 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 5,21 com perda de 2,50 pontos. 

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (12), de 0,60% para o dezembro/23, de 0,59% par ao março/24, de 0,58% para o maio/24 e de 0,57% para o julho/24. 

Já no acumulado semanal, os contratos do milho norte-americano registraram ganhos de 0,20% para o dezembro/23, de 0,20% para o março/24, de 0,19% para o maio/24 e de 0,19% para o julho/24, em relação ao fechamento da última sexta-feira (06). 

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho sucumbiram a uma rodada de realização de lucros na sexta-feira que levou a perdas de cerca de 0,5%. 

Ênio Fernandes, destaca que o cenário para o milho em Chicago é de fragilidade, já que a safra dos Estados Unidos, apesar de menor do que a estimada inicialmente, ainda será muito grande. Aliado a isso, as vendas de exportação dos EUA estão lentas e o país enfrenta dificuldades logísticas com a seca do Rio Mississippi, o que limita o carregamento das barcaças norte-americanas.  

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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