Milho salta mais de 1,5% na CBOT nesta 5ª com revisões do USDA para safra americana
As cotações futuras do milho finalizaram esta quinta-feira (12) com alta expressiva na Bolsa de Chicago (CBOT), entre 6 a 8 pontos nos principais vencimentos. O suporte veio dos dados do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), que prevê colheita menor de grãos no país norte-americano.
Além de dados menores do que no relatório anterior, as projeções de produção e produtividade da safra 2023/24 de milho e soja dos Estados Unidos vieram abaixo do esperado pelo mercado. O clima quente e seco durante momentos críticos do desenvolvimento da safra no país motivou as revisões do departamento norte-americano.
O principal vencimento do cereal na CBOT, dezembro/23, saltou 8 pontos ou 1,64%, cotado a US$ 4,96 por bushel. O trigo chegou a saltar no dia quase 3% e contribuiu para as altas do milho no dia. Com a valorização nas bolsas nesta quinta-feira, o mercado futuro do cereal conseguiu se recuperar das mínimas de quase três anos dos últimos dias.
"Essas não são mudanças de paradigma, mas revisões suficientes para deixar alguns investidores em posições curtas nervosos", disse Charlie Sernatinger, analista da Marex Capital, para a agência de notícias Reuters no dia.
A safra de milho dos Estados Unidos passou a ser estimada pelo USDA em 382,65 milhões de toneladas, sobre 384,42 milhões de toneladas em setembro. A produtividade caiu para 180,97 sacas por hectare, sobre 181,81 sacas por hectare no último relatório. A expectativa média do mercado era de produção em 383,82 milhões de toneladas e produtividade em 181,49 sacas por hectare.
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