Futuros do milho têm mais um dia de altas na B3 com março/24 ficando próximo dos R$ 70,00
A segunda-feira (09) chegou ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). Após operarem no campo positivo ao longo de todo o pregão, as principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 61,23 e R$ 69,60.
O vencimento novembro/23 foi cotado à R$ 61,23 com ganho de 0,92%, o janeiro/24 valeu R$ 65,41 com elevação de 1,30%, o março/24 foi negociado por R$ 69,60 com valorização de 1,31% e o maio/24 teve valor de R$ 67,50 com alta de 0,94%.
O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que o contrato março/24 já está bem próximo da marca dos R$ 70,00 a saca e ainda há folego para manter as movimentações de alta para as cotações do cereal.
“O mercado do milho ainda vai crescer um pouco tanto aqui, quanto lá em Chicago. Na quinta-feira o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) tem que reduzir a safra americana pelo clima desfavorável e isso é mais um fundamento positivo”, diz Brandalizze.
O mês de outubro começou e o Brasil já embarcou 2.347.943,5 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação, de acordo com o mais recente reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso já representa 34,6% a mais do que o total exportado em outubro de 2022 (6.785.069,5 toneladas).
Com isso, a média diária de embarques nestes 5 primeiros dias úteis ficou em 469.588,7 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 31,5% com relação as 357.108,9 do décimo mês de 2022.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve mais perdas do que ganhos neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em Sorriso/MT, Brasília/DF e Itapetininga/SP. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Jataí/Go, Rio Verde/GO e São Gabriel do Oeste/MT.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
Na análise da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho iniciou a semana com cautela nos negócios. “Ainda é possível observar uma postura retraída entre produtores e consumidores no âmbito doméstico, permanecendo o impasse em relação aos preços”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, as cotações do milho continuam avançando na maior parte das regiões acompanhadas pela Cepea, sustentadas pelas valorizações do cereal nos portos e pelo bom ritmo das exportações brasileiras da safra atual.
“Muitos vendedores se recuaram das negociações no spot nacional, uma vez que não há necessidade de fazer caixa, e as preocupações relacionadas à armazenagem estão se reduzindo. Assim, esses agentes têm pedido valores maiores nas novas vendas. Demandantes, por sua vez, relatam dificuldades nas aquisições, e os que buscam repor estoques e/ou comprar novos lotes precisam pagar valores maiores”, segundo pesquisadores do Cepea.
Mercado Externo
Já na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro até começaram o dia em alta, mas perderam força ao longo do pregão e encerraram contabilizando movimentações negativas.
O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,88 com desvalorização de 3,75 pontos, o março/24 valeu US$ 5,03 com perda de 3,50 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 5,12 com baixa de 3,25 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 5,17 com queda de 3,00 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (06), de 0,81% para o dezembro/23, de 0,79% para o março/24, de 0,58% para o maio/24 e de 0,58% para o julho/24.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho testaram ganhos moderados durante a noite antes de voltarem ao vermelho na segunda-feira, após uma rodada de vendas técnicas que foi em grande parte alimentada pelas expectativas de um forte progresso na colheita durante a semana passada.
“Embora os preços devam cair à medida que a colheita ganha força, o potencial de recuperação no início do inverno provavelmente depende se as colheitas estão a aumentar ou a diminuir, porque as perspectivas de procura até agora não parecem ir a lado nenhum rapidamente”, observa analista do mercado de grãos Bryce Knorr, de acordo com a Farm Futures.