Milho fecha a 2ªfeira com B3 em campo misto e de olho nas exportações

Publicado em 11/09/2023 16:46
Chicago tem leve alta esperando o USDA

A segunda-feira (11) chega ao final com os preços futuros do milho se movimentando pouco e em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 55,00 e R$ 66,00. 

O vencimento setembro/23 foi cotado à R$ 55,00 com alta de 0,82%, o novembro/23 valeu R$ 58,35 com queda de 0,36%, o janeiro/24 foi negociado por R$ 62,22 com elevação de 0,29% e o março/24 teve valor de R$ 66,00 com ganho de 0,35%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as cotações da Bolsa Brasileira estiveram no campo misto nesta segunda-feira mostrando que está em espera de uma nova direção, inclusive olhando para as definições da safra dos Estados Unidos. 

“O balcão gaúcho está estável de R$ 51,00 a R$ 55,00, o mercado de balcão do Sul e Sudeste vai de R$ 40,00 a R$ 50,00, lote porte também está estável com Paranaguá R$ 60,00 na média, R$ 61,50 em Santa Catarina e R$ 62,00 no porto de Santos. O mercado de porto está calmo com alguns negócios girando e expectativa de 10 milhões de toneladas exportadas agora em setembro”, diz Brandalizze. 

Setembro começou com 1.965.878,6 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) embarcadas para exportação, de acordo com o mais recente reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso já representa 30,6% do total exportado em setembro de 2022 (6.421.876 toneladas).     

Com isso, a média diária de embarques nestes 5 primeiros dias úteis ficou em 393.157,7 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 28,6% com relação as 305.803,6 do nono mês de 2022. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais perdas do que ganhos neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas em Sorriso/MT, Itapetininga/SP e Campinas/SP. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira 

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que as cotações do milho voltaram a reagir na maior parte das praças acompanhadas pelo Cepea na última semana.  

“O suporte aos preços domésticos veio do ritmo aquecido das exportações do cereal e da alta das cotações nos portos, diante das valorizações externa e do dólar. A liquidez nos portos está mais elevada, tanto no spot quanto para entregas futuras, com alguns negócios nos já sendo realizados a R$ 65/saca de 60 kg”, de acordo com informações do Cepea. 

Os técnicos do Cepea ainda apontam que, “no interior do País, consumidores se mantêm afastados das aquisições apesar da alta dos preços, e seguem atentos à proximidade da finalização da colheita de segunda safra e à consequente possibilidade de aumento na disponibilidade de milho no spot”.  

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro oscilaram entre pequenos recuos e pequenos avanços ao longo deste primeiro pregão da semana, mas encerraram a segunda-feira contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT). 

O vencimento setembro/23 foi cotado à US$ 4,71 com valorização de 2,75 pontos, o dezembro/23 valeu US$ 4,85 com elevação de 2,00 pontos, o março/24 foi negociado por US$ 5,00 com ganho de 2,25 pontos e o maio/24 teve valor de US$ 5,08 com alta de 2,25 pontos. 

Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (08), de 0,64% para o setembro/23, de 0,41% para o dezembro/23, de 0,40% para o março/24 e de 0,40% para o maio/24. 

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho se beneficiaram de uma rodada de compras técnicas na segunda-feira que levou a ganhos de cerca de 0,5%, com os traders ajustando posições antes do relatório WASDE de oferta e demanda da próxima terça-feira. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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