Milho fecha a segunda-feira com valorização de mais de 6% em Chicago

A segunda-feira (24) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações subiram até 1,7% e flutuaram na faixa entre R$ 58,17 e R$ 68,34. 

O vencimento setembro/23 foi cotado à R$ 58,17 com valorização de 1,73%, o novembro/23 valeu R$ 62,09 com alta de 1,70%, o janeiro/24 foi negociado por R$ 65,19 com elevação de 1,38% e o março/24 teve valor de R$ 68,34 com ganho de 1,39%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os preços do milho no Brasil melhoraram nos últimos dias acompanhando as movimentações de alta vindas do mercado internacional. 

“O porto de Paranaguá está entre R$ 62,00 e R$ 63,00, melhorou entre R$ 1,00 e R$ 1,50 com relação à semana passada. Os portos da Santa Catarina pagam melhor de R$ 64,00 a R$ 65,00. A B3 vai até R$ 68,00 no março. Então dá para segurar e garantir uma posição no bolso”, aponta Brandalizze. 

As três primeiras semanas de julho já registraram embarque de 2.668.606,7 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o novo reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso representa 64% do total exportado em julho de 2022 (4.119.091,2 toneladas) nestes 15 primeiros dias úteis do mês.   

Com isso, a média diária de embarques ficou em 177.907,1 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa recuo de 9,3% com relação as 196.147,2 do sétimo mês de 2022.        

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também subiu neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas na praça de Castro/PR, mas percebeu valorizações em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Castro/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Sorriso/MT, Eldorado/MS, Luís Eduardo Magalhães/BA e Cândido Mota/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira 

De acordo com a análise diária da Afgrifatto Consultoria, “com a queda do milho no mercado internacional e avanço da colheita, o cereal voltou a ser negociado levemente abaixo dos R$ 54,00/sc no mercado físico de Campinas/SP”. 

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, as negociações de milho seguem em ritmo lento no Brasil, visto que compradores estão à espera de novos recuos nos preços com o avanço da colheita.  

“Vale lembrar que, agora, todos os estados produtores da segunda safra de milho já iniciaram a colheita – o estado de São Paulo era o único que ainda não havia iniciado as atividades. No cenário externo, o fim do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro e os ataques que ocorreram na cidade portuária de Odessa, na Ucrânia, devem restringir ainda mais os embarques naquele território”, aponta. 

Mercado Externo 

As movimentações positivas estiveram presentes também para os preços internacionais do milho futuro que saltaram até 6,2% neste primeiro pregão da semana na Bolsa de Chicago (CBOT). 

O vencimento setembro/23 foi cotado à US$ 5,60 com valorização de 33,50 pontos, o dezembro/23 valeu US$ 5,68 com alta de 32,00 pontos, o março/24 foi negociado por US$ 5,78 com ganho de 30,75 pontos e o maio/24 teve valor de US$ 5,83 com elevação de 29,25 pontos. 

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (21), de 6,26% para o setembro/23, de 5,97% para o dezembro/23, de 5,67% para o março/23 e de 5,23% para o maio/24. 

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os contratos futuros de milho fecharam a segunda-feira em alta na Bolsa de Chicago com olhar voltado para as condições climáticas dos Estados Unidos. 

“Espera-se que a maior parte do Cinturão do Milho tenha tempo seco esta semana e as temperaturas também esquentem nos próximos dias, enfatizando a polinização do milho. Não se espera que a chuva exceda 0,25 polegada em qualquer lugar do Cinturão do Milho nos próximos cinco dias. As temperaturas devem chegar a 90 °F (32,2 °C) em Iowa na quarta-feira", disse o The Brock Report, conforme repercutiu o Successful Farming.