Milho cai na B3 nesta 5ªfeira, mas fecha semana positiva entre R$ 79 e R$ 81
A quinta-feira (06) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 79,79 e R$ 81,85, mas acumulando altas semanais.
O vencimento maio/23 foi cotado à R$ 79,79 com baixa de 0,47%, o julho/23 valeu R$ 80,05 com perda de 0,55%, o setembro/23 foi negociado por R$ 79,90 com desvalorização de 0,62% e o novembro/23 teve valor de R$ 81,85 com queda de 0,46%.
Já na comparação semanal, os contratos do milho brasileiro acumularam elevações de 0,25% para o maio/23, de 1,59% para o julho/23, de 1,68% para o setembro/23 e de 0,86% para o novembro/23, com relação do fechamento da última sexta-feira (31).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 no vermelho é uma boa notícia para quem é do setor de rações, que consegue encontrar milho barato, que pode continuar assim.
“Pode ficar mais barato ainda se o clima seguir favorecendo e tiver uma boa safrinha”, destaca o analista.
Brandalizze ainda aponta que o mercado de porto caiu para R$ 75,00 no setembro e R$ 77,00 no dezembro, estando mais baixo do que a B3. “O comprador também está se protegendo na baixa porque acredita que com o milho pode acontecer a mesma coisa que está acontecendo com a soja, se tiver muito milho e pouca logística, com dificuldade para embarcar e aí a pressão de oferta vai ser grande”.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um último dia da semana negativo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não identificou valorização em nenhuma das praças, mas percebeu desvalorizações em Ubiratã/PR, Cascavel/PR, Castro/PR, Palma Sola/SC, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Itapetininga/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “os negócios no mercado físico de Campinas/SP seguem ocorrendo na média dos R$ 81,00/sc, a menor demanda pressiona a cotação do cereal”.
Na visão da SAFRAS & Mercado, mercado brasileiro de milho registrou um cenário de negócios muito travado, destacando que os preços seguem recuando no país, mas há um impasse entre os valores pelos quais o produtor aceita vender e o consumidor deseja comprar, o que praticamente inviabilizou a comercialização ao longo da semana.
“Em regiões como o oeste do Paraná, o produtor aceita negociar o milho por R$ 80,00, mas o valor oferecido pelo consumidor não vai além de R$ 76,00 para a saca. Assim, os compradores seguem na defensiva, tentando fazer com que as cotações retrocedam ainda mais para que haja a concretização dos negócios”, destacam analistas de SAFRAS & Mercado.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também encerraram o último pregão da semana contabilizando movimentações no campo negativo da Bolsa de Chicago (CBOT), com desvalorizações acumuladas ao longo da semana.
O vencimento maio/23 foi cotado à US$ 6,43 com desvalorização de 9,25 pontos, o julho/23 valeu US$ 6,19 com perda de 7,75 pontos, o setembro/23 foi negociado por US$ 5,64 com baixa de 5,00 pontos e o dezembro/23 teve valor de US$ 5,56 com queda de 4,00 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (05), de 1,38% para o maio/23, de 1,28% para o julho/23, de 0,88% para o setembro/23 e de 0,71% para o dezembro/23.
Na comparação semanal, os contratos do milho norte-americano acumularam desvalorizações de 2,58% para o maio/23, de 2,67% para o julho/23, de 2,25% para o setembro/23 e de 1,77% para o dezembro/23, com relação do fechamento da última sexta-feira (31).
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho caíram mais de 1,25% na quinta-feira, com as previsões de clima mais quente e seco ajudando mais plantadores a entrar nos campos nos próximos dias e semanas.
Além disso, a publicação destaca que as exportações americanas de milho da safra velha aumentaram 20% com relação à última semana, mas ainda ficaram 26% atrás em relação à média de quatro semanas anteriores.