Milho cai 1,5% em Chicago nesta 4ªfeira após novos números do USDA
A quarta-feira (08) chega ao final com os preços futuros do milho pouco alterados na Bolsa Brasileira (B3) e movimentações em campo misto. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 85,74 e R$ 87,28.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 86,07 com queda de 0,81%, o maio/23 valeu R$ 87,28 com baixa de 0,22%, o julho/23 foi negociado por R$ 86,60 com alta de 0,32% e o setembro/23 teve valor de R$ 85,74 com ganho de 0,22%.
O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que a colheita segue avançando no Sul do Brasil e o mercado permanece na calmaria.
“Ainda tem muito milho para plantar e esse é o temor para a safrinha. Tudo indica que será recorde de área ainda, tem espaço para isso, mas o mercado agora olha o disponível muito calmo e levemente pressionado mesmo com a quebra de safra do Rio Grande Do Sul”, diz Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também oscilou entre altas e baixas neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações em Ponta Grossa/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR e Eldorado/MS. Já as desvalorizações apareceram em Panambi/RS, Castro/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, São Gabriel do Oeste/MS, Machado/MG e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “a baixa liquidez impera no mercado físico do milho, mantendo o cereal comercializado na média dos R$ 86,00/sc em Campinas/SP”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) fechou as atividades desta quarta-feira contabilizando movimentações negativas para os preços internacionais do milho futuro que responderam aos novos números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) recuando.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,34 com perda de 7,50 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,25 com baixa de 8,75 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,14 com queda de 8,50 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 5,68 com desvalorização de 9,00 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última terça-feira (07), de 1,25% para o março/23, de 1,42% para o maio/23, de 1,29% para o julho/23 e de 1,56% para o setembro/23.
O relatório de oferta e demanda WASDE do USDA reduziu, nesta quarta-feira, as projeções de exportações de milho dos EUA e aumentou os números para os estoques finais do país.
As exportações foram reduzidas de 48,9 milhões de toneladas para 46,99 milhões, enquanto os estoques finais do grão subiram de 32,18 milhões de toneladas para 34,09 milhões.
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“As perspectivas de milho dos Estados Unidos para a safra 2022/23 deste mês são de exportações menores e estoques finais maiores, refletindo o fraco ritmo de vendas e embarques até o momento, apesar dos preços relativamente competitivos nos EUA”, relatou o site internacional Successful Farming.
Nick Tsiolis, fundador da Farmer's Keeper, disse à publicação que o relatório aponta cenário de pressão nos preços do milho no curto prazo.
“Enquanto a produção de milho da Argentina foi cortada além do que o mercado esperava, os estoques dos EUA subiram mais do que o mercado esperava. Acreditamos que isso pode pressionar ainda mais os preços do milho no curto prazo”, aponta.
A mesma tendência de baixa foi vista por Al Kluis, diretor-gerente da Kluis Commodity Advisors. “O aumento nos estoques finais de milho provavelmente levará o milho abaixo do suporte em US$ 6,22”, disse.