Plantio do milho avança lentamente no MS e 27% das lavouras deverá ficar fora da janela ideal, aponta Famasul
A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural, indicando novos reportes sobre as lavouras do estado. De acordo com o levantamento, o Mato Grosso do Sul já plantou 19,1% da sua segunda safra de milho em 2023.
Mesmo com o avanço semanal, a semeadura do cereal está 15,9 pontos percentuais atrás em relação ao registrado no mesmo período da safra passada 21/22 e 26,9 pontos percentuais atrasada na comparação com a média das últimas cinco safras.
Para esta nova temporada, a Famasul estima uma a área total plantada de 2,325 milhões de hectares, 5,39% a mais do que 2022, e uma produtividade média estimada de 80,33 sacas por hectare, totalizando uma produção projetada de 11,206 milhões de toneladas, o que seria 12,28% menor do que o atingindo no ciclo passado.
“O cenário de atraso na colheita da soja subsequente afeta a cultura do milho segunda safra no estado de Mato Grosso do Sul. O atraso na operação de semeadura no estado pode afetar algumas regiões no desenvolvimento da cultura, podendo ocorrer intempéries climáticas (estiagem, geada e queda de granizo). O produtor deve estar atento ao zoneamento agrícola de risco climático e verificar se a propriedade ou região possui histórico de condições climáticas ruins antes de semear”, pontua a publicação.
Por fim, os técnicos da Federação apontam que 72,7% do plantio deverá ser concentrado no período entre 17 de fevereiro e 24 de março, o que é considerado a melhor janela de semeadura para o estado.