B3 sente retração de oferta e milho registra quedas nesta 4ªfeira
A quarta-feira (22) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando recuos na Bolsa Brasileira (B3), que abriu apenas na parte da tarde, voltando a funcionar após a paralização para o Carnaval. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 87,70 e R$ 89,15.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 88,24 com desvalorização de 0,83%, o maio/23 valeu R$ 89,15 com baixa de 0,17%, o julho/23 foi negociado por R$ 88,15 com perda de 0,36% e o setembro/23 teve valor de R$ 87,70 com queda de 0,34%.
Para a consultoria SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de lentidão nos negócios, voltando do feriado de Carnaval. Já no cenário doméstico, o avanço da colheita da soja continua reduzindo o espaço para a logística do milho, com encarecimento dos fretes.
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Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, “o mercado esteve lento e com forte retração de ofertas. A colheita da soja avança e reduz espaço para a logística do milho, com encarecimento dos fretes, o que dá suporte aos preços do cereal”.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho oscilou entre altas e baixas nesta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações nas praças de Tangará da Serra/MT e Campo Novo do Parecis/MT. Já as desvalorizações apareceram em Castro/PR, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Machado/MG.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “mantendo a toada da semana, o milho fecha mais um dia estável, devido ao baixo volume de negócios, sendo comercializado na média de R$ 86,00/sc em Campinas/SP”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também operou com os preços internacionais do milho futuro no campo negativo ao longo de toda quarta-feira.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,74 com desvalorização de 6,50 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,74 com queda de 6,25 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,64 com baixa de 5,25 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,07 com baixa de 5,00 pontos.
Esses índices representaram recuos, com relação ao fechamento da última terça-feira (21), de 0,88% para o março/23, de 0,88% para o maio/23, de 0,75% para o julho/23 e de 0,82% para o setembro/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho seguiram as tendências mais fracas da soja, que realizou lucros olhando para a concorrência das exportações brasileiras, e do trigo, que caiu para o nível mais baixo em um mês com a atenuação das preocupações de interrupção da guerra no fornecimento de grãos.
Além disso, Julie Ingwersen da Reuters Chicago, destaca que, um dólar mais firme pairava sobre o mercado e tornava os grãos americanos menos competitivos. “O índice do dólar se firmou com os recentes dados econômicos fortes que diminuíram os temores de recessão, mas reforçaram as preocupações de que os aumentos das taxas de juros de combate à inflação do Federal Reserve possam durar mais tempo”.
Outro ponto destacado pela Agência, é que os mercados de grãos estavam voltando sua atenção para o Fórum Anual de Perspectivas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a partir de quinta-feira, no qual o USDA deve divulgar previsões preliminares para o plantio de 2023 e a produção das principais safras dos EUA.