Milho recua na B3 nesta 4ªfeira com produto mais focado na colheita da soja
A quarta-feira (15) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 87,68 e R$ 89,41.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 88,46 com queda de 0,44%, o maio/23 valeu R$ 89,60 com desvalorização de 1,30%, o julho/23 foi negociado por R$ 88,05 com perda de 0,94% e o setembro/23 teve valor de R$ 87,77 com baixa de 0,87%.
Para SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de lento ritmo na comercialização. “O cenário de oferta do cereal no país reduziu bastante desde uma mudança na postura do produtor, que voltou suas atenções para a colheita da soja”.
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Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado tem alguma oferta regional vinda das colheitas, mas há poucas vendas por parte dos produtores.
Os números da consultoria indicam que, no Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 91,00 (compra) a R$ 94,00 (venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 91,00/94,00 a saca.
Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve uma quarta-feira mais positiva do que negativa. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas em São Gabriel do Oeste/MS. Já as valorizações apareceram nas praças de Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Machado/MG e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com os negócios ocorrendo em baixos volumes e mercado atento ao avanço da colheita, o milho segue sendo comercializado na casa dos R$ 86,00/sc no mercado físico de Campinas/SP”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também encerrou uma quarta-feira negativa para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,76 com desvalorização de 6,00 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,74 com baixa de 5,75 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,63 com queda de 4,50 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,10 com perda de 2,75 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última terça-feira (14), de 0,88% para o março/23, de 0,74% para o maio/23, de 0,60% para o julho/23 e de 0,49% para o setembro/23.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, o dólar forte e a falta de notícias otimistas ajudaram os grãos a terminar o dia no vermelho.
Nick Tsiolis, fundador da Farmer's Keeper, disse à publicação, que o forte dólar americano está puxando os grãos para baixo. “Isso vai dificultar ainda mais um programa de exportação já contestado no mercado internacional, principalmente com a soja brasileira mais barata”, comenta.