Milho acumula alta semanal na B3, mesmo com oferta maior pressionando cotações
A sexta-feira (03) chega ao final com os preços futuros do milho praticamente estáveis na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 86,74 e R$ 89,31 e acumularam elevações ao longo da semana.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 88,73 com queda de 0,12%, o maio/23 valeu R$ 89,31 com alta de 0,18%, o julho/23 foi negociado por R$ 86,80 com ganho de 0,20% e o setembro/23 foi negociado por R$ 86,74 com elevação de 0,25%.
Na comparação semanal, os preços do cereal brasileiro acumularam valorizações de 1,00% para o março/23, de 1,27% para o maio/23, de 0,91% para o julho/23 e de 1,32% para o setembro/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (27).
O Consultor de Grãos e Projetos na Agrifatto, Stefan Podsclan, destaca que dois faotres principais estão segurando as cotações do milho na B3 neste começo de 2023. O primeiro deles é o dólar, que caiu ante ao real e chegou a ficar abaixo dos R$ 5,00. Outro ponto é a necessidade de o produtor abrir espaço nos armazéns diante da chegada dos volumes de soja da safra 22/23.
Olhando para frente, Podsclan acredita que as cotações do cereal brasileiro devam permanecer na faixa entre R$ 2,00 para cima ou para baixo dos atuais preços, mantendo boas oportunidades de remuneração ao produtor, que deve apostar no cultivo de 15 milhões de hectares nesta safrinha 2023.
Leia mais:
+ Relação de troca é positiva para safrinha 23, mas janela de plantio pode limitar semeadura
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também se movimentou pouco neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou desvalorização em nenhuma das praças, mas percebeu valorização somente em Castro/PR e São Gabriel do Oeste/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “pressionado pela queda do dólar, o milho volta a ser comercializado na faixa dos R$ 85,00/sc no mercado físico de Campinas/SP”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a sexta-feira contabilizando movimentações levemente positivas para os preços internacionais do milho futuro, que acumularam
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,77 com valorização de 2,25 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,75 com ganho de 1,75 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,64 com alta de 1,75 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,10 com elevação de 1,50 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (02), de 0,30% para o março/23, de 0,30% para o maio/23, de 0,15% para o julho/23 e de 0,16% para o setembro/23.
Já na comparação semanal, os preços do cereal norte-americano acumularam desvalorizações de 0,88% para o março/23, de 0,74% para o maio/23 e de 0,15% para o julho/23, além de elevação de 1,16% para o setembro/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (27).
Segundo informações da Agência Reuters, assim com a soja, os preços futuros do milho recuaram em Chicago, desistindo de uma alta do dia anterior, uma vez que os números do emprego nos Estados Unidos muito mais fortes do que o previsto e desencadearam um salto no dólar.
“O dólar subiu depois que dados mostraram que os empregadores criaram significativamente mais empregos em janeiro do que os economistas esperavam, potencialmente dando ao Federal Reserve mais margem de manobra para continuar subindo as taxas de juros. Um dólar mais forte torna as commodities dos EUA mais caras para os detentores de outras moedas”, explica Gus Trompiz da Reuters Paris.