USDA e Ucrânia dão suporte ao milho para alta de 1% em Chicago nesta 5ªfeira

Publicado em 26/01/2023 16:54
B3 se movimentou pouco, mas cenário é promissor para safrinha

A quinta-feira (26) termina com os preços futuros do milho se movimentando pouco e em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 86,70 e R$ 88,89. 

O vencimento março/23 foi cotado à R$ 88,89 com queda de 0,24%, o maio/23 valeu R$ 89,15 com perda de 0,12%, o julho/23 foi negociado por R$ 86,99 com elevação de 0,05% e o setembro/23 teve valor de R$ 86,70 com estabilidade. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o milho tem fundamentos positivos e, que a alta do mercado internacional, bons sinais aparecem para a safrinha limitando a queda de preços que acontecia com a chegada da safra de verão. 

Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve uma jornada negativa neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou valorização em nenhuma das praças, mas percebeu desvalorizações em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Palma Sola/SC, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho, a fraqueza da demanda doméstica mantém a referência de comercialização próxima dos R$ 85,00/sc em Campinas/SP”. 

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma quinta-feira de negócios positivos, tendo em vista a alta na Bolsa de Chicago e a valorização do dólar frente ao real, que devem oferecer suporte às cotações domésticas. “O aumento da oferta regional, por outro lado, deve exercer pressão sobre os preços”. 

“A valorização do real derruba os preços do cereal principalmente nos portos. Enquanto isso, a oferta aumenta regionalmente, também exercendo pressão sobre os preços”, aponta o analista da consultoria SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari. 

Mercado Externo 

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) encerra as atividades desta quinta-feira contabilizando movimentações positivas para os preços internacionais do milho futuro. 

O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,82 com valorização de 7,75 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,80 com ganho de 6,75 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,68 com alta de 4,75 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,07 com elevação de 2,50 pontos. 

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quarta-feira (25), de 1,19% para o março/23, de 1,04% para o maio/23, de 0,75% para o julho/23 e de 0,50% para o setembro/23.  

Segundo informações da Agência Reuters, o milho, assim como o trigo e a soja dos Estados Unidos saltaram nesta quinta-feira com o apoio de um relatório do governo que mostrou uma forte demanda externa pelas três commodities. 

“Tivemos algumas vendas de exportação decentes em comparação com o que vimos nas últimas semanas e essa tendência, principalmente para milho e trigo, deve continuar”, disse à Reuters, Jim Gerlach, presidente da corretora A/C Trading. 

O relatório semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou que as vendas de exportação de milho foram de 925.900 toneladas. 

A publicação ainda aponta que, os grãos receberam apoio adicional das preocupações de que as safras do principal fornecedor da Ucrânia serão menores devido à guerra, e que a safra da Rússia também ficará abaixo das expectativas. 

A produção de milho e trigo da Ucrânia deve cair pelo segundo ano em 2023, com a produção de milho não excedendo 18 milhões de toneladas e a produção de trigo 16 milhões de toneladas, à medida que os agricultores reduzem o plantio.

Por outro lado, a Reuters destaca que, traders disseram que os ganhos em milho e soja foram limitados pela próxima safra sul-americana. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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