Com custos em alta, plantio da safrinha passa dos 2% no Mato Grosso
O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando atualizações sobre a safra de milho 2023.
O levantamento aponta que o plantio da segunda safra de milho que havia começado na última semana e chegado em 0,42% no dia 13 de janeiro, avançou mais 1,8 pontos percentuais e encerrou a última sexta-feira (20) totalizando 2,22% da área projetada.
Na comparação com o mesmo período da safra passada, o atraso é de 7,49 pontos percentuais, já que em 21 de janeiro de 2022 9,71% da safrinha de milho já estava semeada. Todas as regiões do estado apresentam lentidão com relação ao ciclo anterior.
Custo de Produção
O Instituto também atualizou seus cálculos de custo de produção para a safra de milho de alta tecnologia 2022/23. Os principais indicadores, como o COE, COT e o CT ficaram mais caros para o produtor nesta safra ante a safra 21/22.
“As despesas com o custeio, que influencia diretamente no COE, apresentaram alta de 39,52% se comparadas com a safra anterior. Ainda, quando analisados separadamente os indicadores de custeio, o custo com fertilizantes chegou a aumentar 56,25%, operações mecanizadas, 47,76%, e corretivo de solo, 39,37%”, aponta a publicação.
Os técnicos do Imea explicam que “essa elevação está atrelada à constante alta nos preços dos insumos no último ano-safra". Como exemplo, o preço médio da ureia no Mato Grosso se valorizou 42,5%, o diesel 45,13% e o calcário dolomítico 43,92% entre janeiro e dezembro de 2022.
Levando tudo isso em consideração, o custo total do milho no estado foi indicado em R$ 5.610,78 por hectare.