Milho encerra a 3ª feira com leves altas na B3, mas volta a subir em Chicago

Publicado em 20/12/2022 17:43

A terça-feira (20) foi de baixas para os futuros do milho negociados na B3, a bolsa brasileira, com o mercado ainda acompanhando a movimentação do câmbio. As cotações perderam de 0,21% a 0,52%, com o março/23 sendo cotado a R$ 91,90 e o maio com R$ 91,27 por saca. 

O mercado do milho segue caminhando de forma lateralizada, sem grandes oscilações já que faltam novas notícias. Os traders monitoram a demanda pelo grão brasileiro, que continua bastante intensa, além do clima para a safra de verão no país, que tem sentido os impactos da seca no Rio Grande do Sul. 

Todavia, de outro lado, os futuros do cereal negociados na B3 acompanharam também a baixa forte do dólar. A moeda americana concluiu a sessão desta terça com queda de 1,97% para terminar o dia com R$ 5,20.

"A moeda norte-americana registrou nesta terça-feira a maior depreciação percentual diária desde 31 de outubro (-2,59%) e o patamar de encerramento mais baixo desde 1° de dezembro (5,1979)", informou a agência de notícias Reuters.

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Os negócios têm tido uma semana bastante tímida no mercado brasileiro - e internacional - com os compradores e vendedores mais contidos nestas últimas semanas do ano e já próximos das festas de final de ano. 

BOLSA DE CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, os preços também caminhavam com tranquilidade, sem oscilações muito intensas, mas concluíram o dia em campo positivo. As posições mais negociadas subiram de 2 a 4,75 pontos, levando o março a US$ 6,52 e o o julho a US$ 6,46 por bushel. 

Segundo analistas internacionais, as previsões de melhora das condições climáticas da Argentina e sul do Brasil - ao menos no curto prazo - pesam sobre as cotações, porém, os traders ainda estão atentos aos mapas mais alongados que seguem apontando para meses de tempo seco e muito quente.

"Os futuros de Soja e Milho estão mais fortes hoje com os players analisando a fundo as previsões climáticas para a América do Sul, sem indicações de chuvas nos volumes necessários, em especial para a Argentina e região Sul do Brasil. O mercado também segue atento a guerra na Ucrânia e também a situação da Covid na China", explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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