Milho: B3 fecha semana com movimentações próximas da estabilidade, mas ainda positivas
A sexta-feira (16) chega ao final com os preços futuros do milho levemente mais altos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 88,05 e R$ 91,86.
O vencimento janeiro/23 foi cotado à R$ 88,05 com ganho de 0,15%, o março/23 valeu R$ 91,86 com valorização de 0,45%, o maio/23 foi negociado por R$ 91,20 com elevação de 0,23% e o julho/23 teve valor de R$ 88,75 com alta de 0,40%.
Na comparação semanal, o cereal brasileiro acumulou elevação de 0,63% para o janeiro/23, de 0,72% para o março/23, de 0,77% para o maio/23 e de 0,29% para o julho/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (09).
Para o analista de mercado da Grão Direto, Ruan Sene, as cotações do milho no Brasil passam por um período de poucas movimentações nesta reta final de 2022 e devem permanecer assim, pelo menos, até a virada para 2023. O principal fator para essa lateralidade dos preços é a falta de apetite dos consumidores internos.
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O analista explica que as indústrias compradoras já estão confortáveis diante de estoques satisfatórios para virar o ano tranquilamente e, mediante a esse poder de barganha, tentam puxar os preços para baixo.
A expectativa de Sene é que o cenário mude com a virada de ano e o mercado interno tomando o protagonismo das movimentações de janeiro até junho, antes das exportações voltarem ao foco principal.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também se movimentou pouco neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou desvalorização em nenhuma das praças pesquisadas e identificou valorizações apenas em Jataí/GO e Rio Verde/GO.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho a queda de braço entre os compradores e vendedores segue firme, com o cereal estável na faixa de R$ 86,00/sc em Campinas/SP”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também fecha uma sexta-feira de poucas movimentações para preços internacionais do milho futuro, mas contabilizando leves recuos.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,53 com perda de 0,50 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,53 com queda de 0,50 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,48 com baixa de 0,75 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,10 com desvalorização de 1,00 ponto.
Esses índices representaram estabilidade, com relação ao fechamento da última quinta-feira (15), para o março/23 e para o maio/23, além de perdas de 0,15% para o julho/23 e de 0,16% para o setembro/23.
Já comparação semanal, o cereal norte-americano acumulou ganhos de 0,79% para o dezembro/22, de 1,40% para o março/23, de 1,24% para o maio/23, de 1,25% para o julho/23 e de 0,83% para o setembro/23, em relação ao fechamento da última sexta-feira (09).
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho dos Estados Unidos caíram na sexta-feira, com preocupações sobre o enfraquecimento da economia global impedindo os comerciantes de estender os ganhos obtidos no início desta semana.
A publicação ainda ressalta que, quedas acentuadas nos mercados de ações e a força do dólar contribuíram para o clima de risco. “O mercado continua lambendo suas feridas após as mensagens duras do banco central nos EUA, Reino Unido e zona do euro”, disse o Saxo Bank em nota repercutida pela Reuters.