Demanda nos portos segue sustentando preços do milho na B3 nesta 3ªfeira
A terça-feira (22) chega ao final com os preços futuros do milho registrando mais altas do que baixas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 89,49 e R$ 92,62.
O vencimento janeiro/23 foi cotado à R$ 89,49 com ganho de 0,89%, o março/23 valeu R$ 92,62 com elevação de 0,54%, o maio/23 foi negociado por R$ 92,20 com valorização de 0,75% e o julho/23 teve valor de R$ 90,55 com perda de 0,02%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 segue em uma linha levemente positiva porque o mercado é comprador no porto. “Muita gente quer comprar milho e tem muito navio chegando para comprar milho com espaço em muitos navios que vão atracar para novos volumes a serem negociados”, explica.
Brandalizze destaca que, esse fator é o que sustenta as cotações do mercado brasileiro.
Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho contabilizou mais recuos do que avanços neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas no Porto Paranaguá/PR. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Cascavel/PR, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho, a semana iniciou com a queda de braço entre compradores e vendedores firmes, o que manteve a saca estável próxima de R$ 85,00 em Campinas/SP”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT), finalizou as atividades desta terça-feira acumulando movimentações negativas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,56 com queda de 2,75 pontos, o março/23 valeu US$ 6,59 com desvalorização de 4,25 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,58 com baixa de 3,75 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,53 com perda de 3,50 pontos.
Esses índices representaram recuos, com relação ao fechamento da última segunda-feira (22), de 0,46% para o dezembro/22, de 0,60% para o março/23, de 0,60% para o maio/23 e de 0,61% para o julho/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de grãos da Bolsa de Chicago caíram na terça-feira, em meio à crescente preocupação com uma possível greve ferroviária dos Estados Unidos.
O presidente da consultoria AgResource em Chicago, Dan Basse, disse à Reuters, que alguns processadores e usinas estão começando a se preparar para uma possível paralisação do tráfego ferroviário depois que os trabalhadores do maior sindicato ferroviário dos EUA votaram esta semana contra um contrato provisório alcançado em setembro.
“É tudo o que ouço, que as pessoas estão planejando com antecedência”, disse Basse.
Além disso, a publicação destaca que os contratos futuros de milho também sofreram pressão do trigo e da falta de notícias frescas, enquanto as preocupações do mercado de que o aumento dos casos de COVID-19 na China poderia prejudicar a demanda por commodities do país também pesaram.