Milho: Queda de mais de 6% do trigo nesta 4ª contribui para recuo expressivo na CBOT
Os contratos futuros do milho encerraram a sessão desta quarta-feira (02) com queda forte na Bolsa de Chicago (CBOT), seguindo as perdas de mais de 6% do trigo, além da soja. A pressão acompanhou a decisão russa no acordo de grãos do Mar Negro, além de realização de lucros ante a véspera.
O principal vencimento do cereal recuou mais de 1% na CBOT nesta sessão. O dezembro/22 encerrou a quarta cotado a US$ 6,87 por bushel, com recuo de 10,2 por pontos. Enquanto que o julho/23, mais distante, registrou desvalorização de 8,4 pontos, valendo US$ 6,86 por bushel.
Depois de a Rússia anunciar que deixaria o acordo de exportação de grãos que permite à Ucrânia exportar pelo Mar Negro, dizendo que não poderia garantir a segurança dos navios civis, o país voltou atrás e o Ministério da Defesa disse em comunicado hoje que renovará a participação.
"O trigo deu o tom mais fraco após a reversão repentina da Rússia no corredor de exportação do Mar Negro", destacou a agência de notícias Reuters. Apesar disso, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta tarde que o país pode sair do acordo de grãos novamente, mas que não iria bloquear exportação para a Turquia.
A Rússia é a maior exportadora de trigo do mundo e a Ucrânia uma das principais.
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Outro destaque no dia para o milho foi a atualização da alfândega chinesa da lista de exportadores de milho brasileiros aprovados. Segundo a agência de notícias Reuters, com base em fonte, esse pode ser um movimento de que as exportações de milho brasileiro para a China poderiam começar.
"O governo chinês anunciou que o Covid-19 está praticamente controlado por lá e vão afrouxar medidas. Isso também é positivo. Além disso, tem a liberação de negócios de algumas empresas para milho brasileiro. É sinal que a China vai vir pro mercado", disse Vlamir Brandalizze, analista da Brandalizze Consulting.
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Além disso, o mercado do cereal no dia sentiu pressão de realização de lucros ante ganhos seguidos nas últimas sessões, além das oscilações no financeiro.
Hoje, a Bolsa Brasileira (B3), principal referência para o cereal interno, não funciona por conta do feriado de Finados, assim como as praças de comercialização no físico.