Milho: Chicago fecha a 3ªfeira subindo até 2% após números do USDA

Publicado em 28/06/2022 16:38
B3 sente influência de fora e também tem dia altista

A terça-feira (28) chega ao final com os preços futuros do milho permanecendo no campo positivo da Bolsa Brasileira (B3) ao longo de todo o pregão. As principais cotações finalizaram o segundo dia da semana flutuando na faixa entre R$ 86,15 e R$ 93,75. 

O vencimento julho/22 foi cotado à R$ 86,15 com ganho de 0,30%, o setembro/22 valeu R$ 88,37 com alta de 0,12%, o novembro/22 foi negociado por R$ 91,15 com valorização de 0,40% e o janeiro/23 teve valor de R$ 93,75 com elevação de 0,16%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 traz um apelo com relação ao que está acontecendo em Chicago, uma vez que o Brasil será um grande exportador neste ano e vai depender do que vai acontecer em Chicago. 

“O reflexo está na qualidade das lavouras dos Estados Unidos. Aqui no Brasil a colheita está a todo o vapor com 25% da safrinha colhida e negócios ainda lentos nesse momento”, diz Brandalizze. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais elevações do que recuos neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT e São Gabriel do Oeste/MS. Já as valorizações apareceram nas praças de Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Eldorado/MS e Porto de Santos/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “o avanço na colheita da safrinha continua a pressionar o preço do milho nos mercados físico e futuro. Em Campinas/SP o valor do cereal recuou para próximo dos R$ 85,00/sc”. 

Mercado Externo 

As movimentações altistas também marcaram a terça-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), com os preços internacionais do milho futuro voltando a subir e flutuando em campo positivo durante todo o pregão. 

O vencimento julho/22 foi cotado à US$ 7,59 com valorização de 15,25 pontos, o setembro/22 valeu US$ 6,69 com elevação de 8,50 pontos, o dezembro/22 foi negociado por US$ 6,59 com alta de 6,25 pontos e o março/23 teve valor de US$ 6,65 com ganho de 6,00 pontos. 

Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (27), de 2,02% para o julho/22, de 1,21% para o setembro/22, de 0,92% para o dezembro/22 e de 0,91% para o março/23. 

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho de Chicago subiram nesta terça-feira, depois que um relatório de condições de safra do governo dos Estados Unidos mostrou que as classificações de bom a excelente para o milho caíram mais do que o esperado, levantando preocupações sobre a safra do Centro-Oeste, que se aproxima de um patamar importante na fase de polinização do desenvolvimento. 

No relatório divulgado após o fechamento do mercado de segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) cortou sua classificação da safra de milho do país em boa a excelente para 67%, uma queda de 3 pontos percentuais em relação a uma semana atrás. 

“A queda nas classificações sugere que o clima quente e seco no início de junho teve algum impacto no milho e na soja, embora as condições mais frias desde a semana passada tenham atenuado as preocupações com as safras”, destaca PJ Huffstutter da Reuters Chicago. 

A publicação ainda desta que, alguns dos movimentos do mercado de terça-feira também se devem a traders disputando posições antes dos principais relatórios do USDA de quinta-feira, que mostrarão quanto os agricultores plantaram na primavera e o que resta da colheita do ano passado. 

“É um dos dois ou três principais relatórios do ano, e eu esperaria uma enorme volatilidade nos preços de mercado depois que eles saírem”, disse Don Roose, presidente da US-Commodities baseada em Iowa.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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