B3 se apoia no dólar e milho tem alta nesta 6ªfeira e valorização semanal

Publicado em 17/06/2022 16:46
Chicago sobe mais de 1% na semana e deixa clima nos EUA no radar

A sexta-feira (17) chega ao final com os preços futuros do milho se sustentando no campo positivo da Bolsa Brasileira (B3) e acumulando movimentações altistas ao longo da semana. 

O vencimento julho/22 foi cotado à R$ 91,18 com elevação de 1,31%, o setembro/22 valeu R$ 93,98 com alta de 1,20%, o novembro/22 foi negociado por R$ 96,30 com alta de 1,48% e o janeiro/23 teve valor de R$ 99,35 com valorização de 1,58%. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro somaram elevações de 2,30% para o julho/22, de 1,95% para o setembro/22, de 2,28% para o novembro/22 e de 2,87% para o janeiro/23, em comparação ao fechamento da última sexta-feira (10). 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 volta a trabalhar acima dos R$ 90,00, mesmo com a colheita da segunda safra andando, muito vinculado ao câmbio. 

“O câmbio subiu bastante e estamos em cima disso. Está tudo andando bem em plena colheita e o pessoal precisa começar a aproveitar esses patamares girando perto dos R$ 100,00 nos portos”, destaca Brandalizze. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho mais subiu do que caiu neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações apenas nas praças de Brasília/DF e Porto de Santos/SP. Já as valorizações apareceram em Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Dourados/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Itapetininga/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “em uma semana em que o dólar passou por valorização e o apetite externo voltou a aumentar, o preço do milho no mercado físico de Campinas/SP encerra a semana cotado na casa dos R$ 86,50/sc”. 

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma semana de poucas mudanças nos preços. “Ao longo dos dias, houve algumas variações nas cotações nos portos diante da volatilidade do dólar, conforme também as oscilações na Bolsa de Chicago, com oscilações nos prêmios. Ao produtor, poucas alterações foram vistas nos valores, com preços mantidos e na maior parte das regiões com ligeira alta no comparativo com a semana anterior”. 

A consultoria destaca que o ritmo dos negócios seguiu muito lento. “A expectativa está voltada para a colheita da safrinha. Assim, os compradores protelam ao máximo as negociações dentro de suas possibilidades, aguardando que com a entrada da safrinha o volume alto de milho novo entrando no mercado possa trazer o cereal para patamares mais baixos de preços. O feriado desta quinta-feira reduziu ainda mais as negociações”. 

Mercado Externo 

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) operou durante boa parte do dia em campo positivo para os preços internacionais do milho futuro, mas finalizou as atividades desta sexta-feira contabilizando perdas para as principais cotações. Mesmo assim, os futuros acumularam flutuações altistas ao longo da semana e voltaram a se aproximar da marca dos US$ 8,00. 

O vencimento julho/22 foi cotado à US$ 7,84 com queda 3,75 pontos, o setembro/22 valeu US$ 7,37 com perda de 4,00 pontos, o dezembro/22 foi negociado por US$ 7,31 com baixa de 4,00 pontos e o março/23 teve valor de US$ 7,35 com desvalorização de 4,25 pontos. 

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (16), de 0,51% para o julho/22, de 0,54% para o setembro/22, de 0,54% para o dezembro/22 e de 0,54% para o março/23. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano somaram ganhos de 1,42% para o julho/22, de 0,68% para o setembro/22, de 1,53% para o dezembro/22 e de 1,52% para o março/23, em comparação ao fechamento da última sexta-feira (10). 

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros do milho avançaram em Chicago, encontrando uma nova alta de um mês, apoiada pelo clima quente no Meio-Oeste dos Estados Unidos que pode ameaçar as lavouras. 

Por outro lado, um dólar americano mais firme, uma vez que os mercados financeiros permaneceram voláteis após as medidas do Federal Reserve para combater a inflação, refreou os ganhos nos futuros de safras americanas, já que um dólar mais forte reduz a competitividade das exportações americanas. 

“Provavelmente é uma combinação do dólar. Vimos um rali ontem, mas eles estão devolvendo hoje”, disse Dan Smith, gerente sênior de risco da Top Terceiro Ag Marketing. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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