Milho recua na B3 nesta 6ªfeira, mas semana termina com altas de até 3,9%

Publicado em 10/06/2022 16:37
Chicago sobe pouco no dia, mas acumula mais de 6% de valorização semanal

A sexta-feira (10) chega ao final com os preços futuros do milho flutuando em campo negativo após irem perdendo força ao longo do dia, mas acumulando valorizações ao longo da semana.

O vencimento julho/22 foi cotado à R$ 89,13 com queda de 0,41%, o setembro/22 valeu R$ 92,18 com desvalorização de 0,59%, o novembro/22 foi negociado por R$ 94,15 com perda de 0,08% e o janeiro/23 teve valor de R$ 96,58 com baixa de 0,27%.

Já na comparação semanal, os preços do cereal brasileiro acumularam valorizações de 2,89% para o julho/22, de 3,72% para o setembro/22, de 3,92% para o novembro/22 e de 3,62% para o janeiro/23, com relação ao fechamento da última sexta-feira (03).

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 acompanhou as movimentações cambiais com o dólar ante ao real e os protos pagando entre R$ 96,00 e R$ 101,00 para exportação até dezembro.

"A B3 corrige isso porque se o mercado doméstico não pagar o valor da exportação, automaticamente vai se exportar muito milho no segundo semestre, então a B3 fica nessa linha", diz.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve mais um dia de altas neste final da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização apenas no Oeste da Bahia. Já as valorizações foram notadas em Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Itiquira/MT, Rio Verde/GO, Dourados/MS, Eldorado/MS e Itapetininga/SP.

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, "a demanda externa pelo milho do Brasil mantém a saca firme nos R$ 86,00 no mercado físico de São Paulo".

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma semana de poucos negócios, sem grandes mudanças nas cotações, já que o mercado esteve em compasso de espera para o relatório de oferta e demanda de junho do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que foi divulgado na tarde desta sexta-feira.

O analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, destacou o ritmo moroso na comercialização na semana. Ele indica que os consumidores têm atuado de maneira tímida no disponível, da mesma maneira que os produtores também reduziram a fixação aguardando o relatório de Oferta e Demanda desta sexta-feira.

“Com uma safrinha transcorrendo em sua normalidade a tendência é que o mercado caminhe em direção à paridade de exportação”, diz. Os compradores naturalmente postergam suas negociações aguardando a entrada da safrinha, quando os preços tendem a ser pressionados com a melhora na oferta.  

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) terminou a sexta-feira operando no campo positivo e finalizou a semana acumulando valorizações semanais.

O vencimento julho/22 foi cotado à US$ 7,73 com ganho de 0,25 pontos, o setembro/22 valeu US$ 7,32 com alta de 3,50 pontos, o dezembro/22 foi negociado por US$ 7,20 com valorização de 3,75 pontos e o março/23 teve valor de US$ 7,24 com elevação de 3,50 pontos.

Esses índices representaram ganhos com relação ao fechamento da última quinta-feira (09), de 0,41% para o setembro/22, de 0,56% para o dezembro/22 e de 0,42% para o março/23, além de estabilidade para o julho/22.

Na comparação semanal, os preços do cereal norte-americano acumularam valorizações de 6,33% para o julho/22, de 4,42% para o setembro/22, de 4,35% para o dezembro/22 e de 4,17% para o março/23, com relação ao fechamento da última sexta-feira (03).

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho da CBOT foram pouco alterados, já que os traders analisaram as previsões meteorológicas para a safra dos Estados Unidos. 

Na visão de Jim Gerlach, presidente da A/C Trading, o calor esperado nos próximos dias pode ameaçar o milho, depois que o clima frio atrasou os plantios na primavera. "O calor neste momento realmente suga a umidade do solo com pressa", disse Gerlach.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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