Qualidade das lavouras de milho cai no MS e vendas seguem atrasadas, aponta Famasul
A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural, indicando novos reportes do plantio da segunda safra de milho no estado.
A estimativa para o milho segunda safra 2021/22 segue sendo de área de 1,992 milhão de hectares, retração de 12,6% em relação a área da 2ª safra de 2020/2021. A produtividade estimada é de 78,13 sc/ha, gerando uma expectativa de produção de 9,34 milhões de toneladas.
Olhando para a qualidade das lavouras, os técnicos da Famasul indicaram que 85,1% da área está em boas condições, 10,3% em condições regulares e os 4,6% restantes em ruins. “A semana passada foi marcada pelo tempo seco devido a atuação de uma massa de ar seco que favoreceu valores abaixo de 40% de umidade relativa do ar (UR) no estado. Foram registrados 17% de UR em Costa Rica no dia 24 de maio e 23% de UR em Coxim no dia 25 de maio de 2022. As condições das lavouras nas regiões oeste, centro, sudoeste, sul-fronteira e sul permanecem com melhores potenciais do que as lavouras das regiões norte e nordeste, devido a baixa pluviometria enfrentada nos meses de abril e maio”.
Do lado do mercado, o preço médio da saca de milho no estado subiu durante a última semana. Entre os dias 23 e 30 de maio, a saca do cereal no Mato Grosso do Sul passou de R$ 76,04 para R$ 76,74 uma alta semanal de 0,92%.
Já na comparação anual, o preço da saca de milho caiu 16,64% entre os R$ 92,26 praticados em maio de 2021 e os R$ 78,38 contabilizados na média de maio de 2022.
Até este momento, os produtores sul-mato-grossenses já negociaram 21,35% de toda a produção estimada da segunda safra de 2022, um índice 18 pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo período do ano passado para a safrinha de 2021.