Milho sobe pouco na B3 nesta 6ªfeira, mas acumula desvalorização semanal

Publicado em 08/04/2022 17:07
Chicago foi impulsionada pelo USDA e fechou semana de altas

A sexta-feira (08) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3) após irem ganhando um pouco de força ao longo do pregão.

O vencimento maio/22 foi cotado à R$ 87,20 com valorização de 0,77%, o julho/22 valeu R$ 87,06 com alta de 0,75%, o setembro/22 foi negociado por R$ 86,96 com ganho de 0,76% e o novembro/22 teve valor de R$ 88,36 com elevação de 0,48%.

Na comparação semanal, os contratos futuros do milho brasileiro acumularam quedas de 2,34% para o maio/22, de 2,07% para o julho/22, de 1,18% para o setembro/22 e de 2,47% para o novembro/22, com relação ao fechamento da última sexta-feira (01).

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado do milho no Brasil segue lento e com os compradores fora das ações e esperando a safrinha.

“Os grandes estão lentos nas negociações e trabalhando com o que tem na mão, todo mundo consumindo estoques e empurrando novas compras. Eles acreditam que a safrinha vem cheia porque mais uma massa de chuva entrando e o milho está andando bem”, pontua.  

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais altas do que baixas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Castro/PR, Rio do Sul/SC e Dourados/MS. Já as valorizações apareceram em Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, São Gabriel do Oeste/MS e Porto Santos/SP.

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “o mercado físico segue para mais uma semana com pressão de baixa, com a saca recuando para R$ 89,00/sc na região de Campinas/SP”.

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) operou com os preços internacionais do milho futuro em campo positivo ao longo de toda a sexta-feira, ganhando ainda mais força após a divulgações dos relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

O vencimento maio/22 foi cotado à US$ 7,68 com valorização de 11,00 pontos, o julho/22 valeu US$ 7,60 com ganho de 10,50 pontos, o setembro/22 foi negociado por US$ 7,27 com alta de 8,50 pontos e o dezembro/22 teve valor de US$ 7,16 com elevação de 7,00 pontos.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (07), de 1,45% para o maio/22, de 1,33% para o julho/22, de 1,11% para o setembro/22 e de 0,99% para o dezembro/22.

Na comparação semanal, os contratos futuros do milho norte-americano acumularam valorizações de 4,49% para o maio/22, de 5,41% para o julho/22, de 4,45% para o setembro/22 e de 4,07% para o dezembro/22, com relação ao fechamento da última sexta-feira (01).

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho de Chicago fecharam em alta nesta sexta-feira depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) avaliou a oferta e a demanda globais, refletindo o impacto que a guerra na Ucrânia teve nas exportações do Mar Negro.

A publicação destaca ainda que, os futuros de soja e milho permanecem elevados também apoiados pela produção reduzida na América do Sul e questões de decisões de área plantada nos EUA à medida que o plantio se aproxima.

“Os preços do milho oscilaram quando o WASDE não conseguiu mostrar estoques mais apertados no relatório de hoje, mas acabou seguindo a soja e o trigo em alta em uma rodada de compras técnicas, fechando com ganhos de cerca de 1,25%. A perspectiva de menos hectares de milho nos EUA nesta temporada devido aos altos preços dos fertilizantes deu suporte adicional”, avalia o analista da Farm Futures, Ben Potter.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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