Milho estende perdas e B3 começa a 2ªfeira caindo até 2,8%

Publicado em 28/03/2022 09:16
Chicago também abre negativa para as cotações futuras

A segunda-feira (28) começa com os preços futuros do milho registrando forte queda na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuavam na faixa entre R$ 87,00 e R$ 92,00 por volta das 09h14 (horário de Brasília).

O vencimento maio/22 era cotado à R$ 92,12 com queda de 1,39%, o julho/22 valia R$ 89,27 com perda de 2,33%, o setembro/22 era negociado por R$ 87,83 com baixa de 2,78% e o novembro/22 tinha valor de R$ 90,00 com desvalorização de 2,84%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a cada chuva nova para a safrinha, se vê que o milho da safrinha se aproxima com uma garantia maior e isso pressiona a B3. Outro fator de pressão é o dólar em queda, que baixa os preços nos portos e também reflete na B3.

“Na sexta-feira, o milho de julho estava em R$ 90,00 no porto de Paranaguá e o de dezembro entre R$ 95,00 e R$ 96,00. Já o milho na indústria do Sul e Sudeste girava entre R$ 100,00 e R$ 102,00 no CIF e milho balcão no Sul entre R$ 88,0 a R$ 92,00”, exemplifica Brandalizze.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) também abriu a nova semana operando no campo negativo para os preços internacionais do milho futuro por volta das 09h02 (horário de Brasília).

O vencimento maio/22 era cotado à US$ 7,41 com desvalorização de 12,75 pontos, o julho/22 valia US$ 7,23 com queda de 11,75 pontos, o setembro/22 era negociado por US$ 6,77 com perda de 8,75 pontos e o dezembro/22 tinha valor de US$ 6,62 com baixa de 7,00 pontos.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho em Chicago caíram nesta segunda-feira, com preocupações com casos de coronavírus na China pesando nos mercados de commodities, enquanto traders de grãos também ajustaram as posições antes da divulgação dos dados de safra dos EUA nesta semana pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

“O petróleo bruto caiu acentuadamente quando o centro financeiro da China, Xangai, lançou um bloqueio para conter o aumento dos casos de COVID-19. O risco de uma nova interrupção econômica devido à pandemia acrescentou mais incerteza aos mercados que ainda estão enfrentando a invasão da Ucrânia pela Rússia”, pontua Gus Trompiz da Reuters Paris. 

A publicação destaca ainda que, analistas, em média, esperam que o USDA projete na quinta-feira que os agricultores dos EUA plantarão menos milho e mais soja este ano. O USDA também publicará estimativas trimestrais dos estoques de grãos dos EUA.

Relembre como fechou o mercado na última sexta-feira:

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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