Milho: Bolsas voltam para o caminho altista e sobem até 3% nesta 5ªfeira

Publicado em 10/03/2022 16:54
Futuros do cereal se valorizaram tanto na B3 quanto na CBOT

A quinta-feira (10) chega ao final com os preços futuros do milho retomando as movimentações altistas após os últimos recuos. As principais cotações retomaram patamares entre R$ 98,00 e R$ 104,00.

O vencimento março/22 foi cotado à R$ 102,40 com elevação de 0,49%, o maio/22 valeu R$ 104,00 com alta de 1,36%, o julho/22 foi negociado por R$ 98,70 com valorização de 2,02% e o setembro/22 teve valor de R$ 98,43 com ganho de 1,77%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 mostra que o mercado do segundo semestre está entre 3 e 4 reais por saca mais baixo do que o do primeiro semestre e que o mercado segue comprador.

“O mercado é comprador no porto novamente para exportação entre R$ 105,00 e R$ 107,00 no mercado curto. Tudo indica que vem safrinha grande porque o clima segue favorável e isso vai refletir na oferta do segundo semestre”, diz.

Brandalizze ainda acrescenta que, o mercado do milho segue bom para quem é produtor e segue caro para quem é consumidor. “O valor do milho voltou a pesar para o setor de rações após diminuir nas últimas semanas”.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também subiram neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou desvalorizações, mas identificou valorizações nas praças de Ponta Grossa/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Brasília/DF e São Gabriel do Oeste/MS.

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “a retração da ponta vendedora leva a saca no mercado físico para próximo dos R$102,00/sc em Campinas/SP”.

Ainda nesta quinta-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou em 16 milhões de hectares o plantio da safrinha, o que representa um acréscimo de 6,7% à safra anterior. A atual expectativa da Conab é que a produção total do cereal cresça 29%, podendo chegar a 112,3 milhões de toneladas, com “incremento impulsionado pelo melhor desempenho principalmente da segunda safra do grão, que tende passar de 60,7 milhões de toneladas no período 2020/21 para 86,2 milhões de toneladas na atual temporada”.

Mercado Físico

A Bolsa de Chicago (CBOT) também teve uma quinta-feira positiva para os preços internacionais do milho futuro.

O vencimento março/22 foi cotado à US$ 7,57 com valorização de 22,75 pontos, o maio/22 valeu US$ 7,55 com alta de 22,75 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 7,26 com elevação de 17,75 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 6,77 com ganho de 15,50 pontos.

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última quarta-feira (09), de 2,99% para o março/22, de 3,00% para o maio/22, de 2,54% para o julho/22 e de 2,27% para o setembro/22.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, nas negociações de hoje, o milho foi ajudado por reportes positivos de exportação e maior uso doméstico no relatório WASDE de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de quarta-feira.

“Acho que isso está nos dando um pouco de força”, disse Don Roose, da US Commodities em West Des Moines, Iowa.

No relatório WASDE, o USDA aumentou sua estimativa de exportação de milho dos EUA em 75 milhões de toneladas e o uso de etanol em 25 milhões de toneladas.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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