Chuvas na Argentina pressionam quedas do milho em Chicago nesta 3ªfeira
A Bolsa Brasileira (B3) segue operando em campo misto nesta terça-feira (08) para os preços futuros do milho. As principais cotações registravam flutuações próximas da estabilidade por volta das 11h50 (horário de Brasília).
O vencimento março/22 era cotado à R$ 101,99 com alta de 0,17%, o maio/22 valia R$ 105,36 com queda de 0,10%, o julho/22 era negociado por R$ 99,40 com perda de 0,29% e o setembro/22 tinha valor de R$ 99,15 com baixa de 0,32%.
De acordo com o site internacional Farm Futures, o Brasil provavelmente aumentará suas exportações de milho e trigo nos próximos meses, à medida que a “operação militar especial” da Rússia na Ucrânia continuar.
“Traders disseram à Reuters que os compradores internacionais estão fazendo ofertas a preços mais altos do que os usuários finais domésticos no Paraná. Isso sugere que o Brasil provavelmente acabará exportando mais milho do que havia previsto originalmente, à medida que os compradores globais lutam para encontrar fontes alternativas, já que o mercado de grãos do Mar Negro permanece em grande parte fechado devido ao avanço das tropas russas na Ucrânia e às sanções econômicas impostas contra entidades russas”, rela A analista Jacqueline Holland.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro permanecem recuando na Bolsa de Chicago (CBOT) ao longo desta terça-feira. As principais cotações operavam no campo negativo por volta das 11h38 (horário de Brasília).
O vencimento março/22 era cotado à US$ 7,39 com desvalorização de 10,25 pontos, o maio/22 valia US$ 7,44 com queda de 6,25 pontos, o julho/22 era negociado por US$ 7,17 com perda de 10,00 pontos e o setembro/22 tinha valor de US$ 6,67 com baixa de 6,50 pontos.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os contratos futuros de milho da safra antiga caíram durante a noite, com o mercado pesando um aumento nas exportações brasileiras de milho com melhores perspectivas de safra na América do Sul.
A publicação destaca que, a Argentina deverá ver mais chuvas nos próximos dias, o que ajudará a melhorar as condições de cultivo de suas lavouras de milho e soja, afetadas pela seca. Uma previsão de estiagem no final de março de 2022 provavelmente ajudará a acelerar os ritmos de colheita na Argentina.
“A primeira quinzena será boa para ajudar a completar o desenvolvimento da safra. A segunda, se for como o esperado, seria bastante favorável para o início da safra. Se esse padrão de chuvas acontecer, seria excelente”, disse German Heinzenknecht, especialista em clima da Consultoria de Climatologia Aplicada (CAA).
Por outro lado, a Farm Futures aponta que as perdas foram limitadas por preocupações persistentes sobre disponibilidade e capacidade de plantio de culturas de milho na Ucrânia, o quarto maior exportador de milho do mundo.