Milho: Chicago sobe 3,5% e B3 sobe 2,7% com fator Rússia

Publicado em 24/02/2022 12:01
Escalada das tensões entre Rússia x Ucrânia alavancou cotações futuras do cereal nesta 5ªfeira

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Os preços futuros do milho ganharam força ao logo desta quinta-feira (24) e passaram a operar em um campo bastante positivo na Bolsa Brasileira (B3), que por volta das 12h00 (horário de Brasília) subia até 2,39%.

O vencimento março/22 era cotado à R$ 99,40 com alta de 1,27%, o maio/22 valia R$ 98,30 com elevação de 1,75%, o julho/22 era negociado por R$ 93,02 com ganho de 2,17% e o setembro/22 tinha valor de R$ 93,20 com valorização de 2,72%.

Os contratos do cereal brasileiro passam a acompanhar as elevações da Bolsa norte-americana e também respondem as movimentações altistas do dólar, que sobe 2,44% ante ao real sendo cotado à R$ 5,13 por volta das 11h59 (horário de Brasília).

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) permanece com os preços internacionais do milho futuro operando muito elevados nesta quinta-feira.

Por volta das 11h45 (horário de Brasília), o vencimento março/22 era cotado à US$ 7,06 com valorização de 23 pontos, o maio/22 valia US$ 7,04 com alta de 22,75 pontos, o julho/22 era negociado por US$ 6,94 com ganho de 19,75 pontos e o setembro/22 tinha valor de US$ 6,41 com elevação de 13,00 pontos.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de trigo e milho subiram seus limites diários de negociação na quinta-feira, depois que as forças russas atacaram a Ucrânia, exacerbando as preocupações com a oferta global. O trigo subiu pelo terceiro dia, atingindo o maior nível em mais de nove anos, enquanto o milho atingiu um pico de oito meses.

“A Rússia e a Ucrânia devem ser o segundo e o quarto maiores exportadores globais de trigo em 2021/22. A Ucrânia é o quarto maior exportador de milho do mundo. Também produz 70% dos suprimentos globais de exportação de girassol em um momento em que os estoques globais de óleo comestível estão ficando cada vez mais escassos”, destaca a analista Jacqueline Holland.

“O aumento nos preços reflete os temores de uma interrupção total das exportações do Mar Negro”, disse Andree Defois, presidente da consultoria francesa Strategie Grains

O site internacional Farm Futures ainda destaca que, “a invasão russa provavelmente reduzirá quaisquer esperanças que os agricultores possam ter de preços mais baixos de fertilizantes, já que o conflito provavelmente restringirá os fluxos comerciais globais. A Rússia está atrás do Canadá como o segundo maior produtor mundial de potássio”.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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