B3 termina a 6ªfeira estável para o milho, que fecha semana de baixas

Publicado em 04/02/2022 16:47
Chicago também subiu hoje, mas acumulou perdas semanais

A sexta-feira (04) chega ao fim com os preços futuros do milho se mantendo próximos da estabilidade na Bolsa Brasileira (B3), assim como foi ao longo de todo o dia. As principais cotações ficaram na faixa entre R$ 89,00 e R$ 96,00.

O vencimento março/22 foi cotado à R$ 96,91 com elevação de 0,23%, o maio/22 valeu R$ 94,50 com valorização de 0,69%, o julho/22 foi negociado por R$ 90,25 com alta de 0,42% e o setembro/22 teve valor de R$ 89,30 com ganho de 0,51%.

Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam desvalorizações de 2,17% para o março/22, de 2,88% para o maio/22, de 1,05% para o julho/22 e de 0,83% para o setembro/22, em relação à última sexta-feira (28).

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado da B3 está acomodado depois de bater os R$ 100,00. “Ele chegou ao topo e agora está tentando se segurar perto do topo”, diz.

Brandalizze acrescenta que, nos próximos dias vai haver mais colheitas no Sul e no Sudeste e isso deve aumentar a oferta de milho nas próximas duas semanas e dar mais um pouco de calmaria no curto prazo do milho.

“Mas não tem muito espaço para despencar não, pelo menos até abril o mercado é firme. Depois vem a safrinha, o clima está se normalizando e deve vir uma grande safrinha para colher na faixa de 150 sacas por hectare e ter um bom ano”, ressalta o analista.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também registrou poucas movimentações neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Panambi/RS, Ponta Grossa/PR e Ubiratã/PR. As valorizações apareceram somente em Jataí/GO, Rio Verde/GO e São Gabriel do Oeste/MS.

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “pouca intenção de venda e de compra sustentam a saca do milho no patamar de R$ 97,00/sc em Campinas/SP”. 

A SAFRAS & Mercado pontua que, o mercado brasileiro de milho teve uma semana marcada pela morosidade na comercialização. Segundo o analista Paulo Molinari, há indícios de aumento regionalizado de ofertas, com preços estáveis no Sul e em baixa no Sudeste.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) terminou a sexta-feira somando flutuações positivas para os preços internacionais do milho futuro neste último dia da semana.

O vencimento março/22 foi cotado à US$ 6,20 com ganho de 3,75 pontos, o maio/22 valeu US$ 6,21 com elevação de 4,50 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 6,18 com alta de 5,50 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 5,86 com valorização de 6,25 pontos.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (03), de 0,65% para o março/22, de 065% para o maio/22, de 0,82% para o julho/22 e de 1,21% para o setembro/22.

Na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam perdas de 2,52% para o março/22 e de 1,90% para o maio/22 e de 1,28% para o julho/22, além de alta de 0,34% para o setembro/22, em relação à última sexta-feira (28).

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho ficaram de estáveis a mais firmes, nesta semana em que alguns traders embolsaram lucros com os últimos fortes ganhos. Por outro lado, o mercado permaneceu sustentado por preocupações sobre rendimentos reduzidos pelo clima na América do Sul.

A publicação destaca que, traders de grãos estão começando a acertar posições enquanto aguardam os relatórios de oferta e demanda de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) da próxima semana, que devem mostrar uma oferta mais apertada de grãos e oleaginosas e safras menores no Brasil e na Argentina.

“O mercado está tentando medir o quanto dessas perdas maciças de safras sul-americanas já foram direcionadas ao mercado. Tivemos esse aumento maciço nos preços e está meio que parado”, disse Don Roose, presidente de commodities norte-americanas.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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