Milho fecha semana em campo misto e mercado se posiciona ao redor dos R$ 100

Publicado em 28/01/2022 16:37
Chicago sobe 3% na semana e mercado especula cotações de US$ 7,00

A sexta-feira (28) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando flutuações negativas na Bolsa Brasileira (B3). 

O vencimento março/22 foi cotado à R$ 99,06 com desvalorização de 1,33%, o maio/22 valeu R$ 97,24 com baixa de 1,08%, o julho/22 foi negociado por R$ 91,23 com perda de 0,83% e o setembro/22 teve valor de R$ 90,05 com queda de 0,66%.

Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam perdas de 0,74% para o março/22 e de 0,06% para o maio/22, além elevações de 0,82% para o julho/22 e de 0,22% para o setembro/22, em relação à última sexta-feira (21).

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as posições hoje junto ao produtor no Sul do Brasil já estão acima dos R$ 100,00 e, nas indústrias do Rio Grande do Sul entre R$ 105,00 e R$ 107,00 para o milho disponível.

“O mercado é nesse patamar. Hoje para importar milho ele chega na faixa de R$ 104,00 a R$ 106,00 nos portos e sobe com Chicago se consolidando em US$ 6,20 o bushel. Então não tem como trazer milho abaixo dos R$ 100,00 neste momento”, diz Brandalizze.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho contabilizou poucas movimentações ao longo deste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas em Ponta Grossa/PR e Oeste da Bahia, já as valorizações apareceram somente em Amambai/MS e Porto Santos/SP.

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
https://www.noticiasagricolas.com.br/cotacoes/milho

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com as negociações no mercado físico do milho travadas, o cereal continua com os preços firmes e é vendido na média de R$ 98,00/sc”.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro finalizaram o último dia da semana contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT).

O vencimento março/22 foi cotado à US$ 6,36 com valorização de 10,75 pontos, o maio/22 valeu US$ 6,33 com alta de 10,25 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 6,26 com elevação de 10,25 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 5,84 com ganho de 5,00 pontos.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (27), de 1,76% para o março/22, de 1,61% para o maio/22, de 1,62% para o julho/22 e de 0,86% para o setembro/22.

Na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam valorizações de 3,25% para o março/22, de 3,09% para o maio/22, de 2,96% para o julho/22 e de 1,04% para o setembro/22, em relação à última sexta-feira (21).

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho ganharam com as altas da soja e do trigo, com o cereal atingindo mais de sete meses de alta no pregão do meio-dia. O milho também recebeu apoio da força nos mercados de petróleo bruto.

O site internacional Barchart destaca ainda que, os dados semanais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) mostraram que 1.402 milhões de toneladas de milho foram vendidos durante a semana que terminou em 20 de janeiro. “O relatório semanal mostrou um ano de comercialização de alta de 1.437 milhões de toneladas para as exportações de milho”.

A analista Naomi Blohm, do site internacional Farm Futures, elenca alguns gatilhos que poderiam levar as cotações de Chicago para o novo patamar de US$ 7,00 o bushel. Entre eles estão um dólar mais baixo para ajudar a atrair negócios de exportação para os EUA, exportações em alta, mau tempo continuando na América do Sul e disputa de terreno para plantio com a soja na primavera norte-americana.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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