Céleres reduz 5,3 milhões de toneladas da 1ª safra de milho, com Sul produzindo menos do que em 20/21

Publicado em 25/01/2022 13:48

A Céleres revisou suas estimativas para a produção brasileira de milho e apontou que a primeira safra do cereal deverá representar 22,7 milhões de toneladas, um patamar 5,3 milhões de toneladas menor do que os primeiros acompanhamentos divulgados pela consultoria.

“Como na soja, o La Niña trouxe efeitos também para a cultura do milho no Brasil. A baixa umidade em lavouras no Sul do Brasil tem acentuado perdas de potencial produtivo e colocado as estimativas de produção cada vez mais baixas para a safra verão”, explica a publicação.

A região mais afetada por estes fenômenos foi a Sul, que contabiliza estimativas de variação negativa no comparativo à primeira safra do ciclo passado. Rio Grande do Sul e Paraná perdendo 900 mil toneladas cada, Santa Catarina perdendo 600 mil e São Paulo com 400 mil a menos. Por outro lado, Minas Gerais e Goiás devem produzir 200 mil toneladas a mais cada do que em 20/21 e Piauí e Maranhão 100 mil a mais cada.

Produção Total

Já fazendo este desconto da safra de verão, a Céleres estima a produção total de milho no Brasil em 116,4 milhões de toneladas, o que representaria uma ampliação de 35% com relação a temporada passada.

Para chegar neste montante, a terceira safra é estimada em 1,7 milhão de toneladas e a segunda safra em 92,1 milhões de toneladas, o que seria um recorde para a safrinha brasileira.

Demanda

Se mantido a projeção de produção recorde na safra de inverno, a demanda total deverá crescer, influenciada principalmente pelo aumento das exportações, que podem passar de 21 para 40 milhões de toneladas na safra atual, e da recomposição de consumo interno.

Para a relação estoque/consumo, a tendência de queda nos últimos anos é mantida, revelando estoques cada vez mais apertados, fator que sustenta os preços do milho. “Ressalta-se que mesmo com possível produção de inverno acima de 90 milhões de toneladas, a quebra de safra no verão já colocam os estoques finais projetados para 2021/22 em níveis historicamente baixos”.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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