Milho termina a 3ª feira com ganhos na B3 e CBOT, com mercado menos temeroso pela Ômicron e de olho na seca na América do Sul
A terça-feira (21) termina com os preços futuros do milho permanecendo no campo positivo e contabilizando altas na Bolsa Brasileira (B3) e ftambém em Chicago, já contabilizando perdas causadas pela estiagem na região Sul do país.
O vencimento janeiro/22 foi cotado à R$ 93,05 com valorização de 3,50%, o março/22 valeu R$ 95,80 com aumento de 3,90%, o maio/22 foi negociado por R$ 91,90 com avanço de 2,68% e o julho/22 teve valor de R$ 87,00 com alta de 2,10%.
Para o analisa de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 está reagindo às perdas nas safras da América do Sul, principalmente no Brasil, onde já se estima uma quebra de cerca de 7 milhões de toneladas do potencial produtivo, podendo chegar a cerca de 10 milhões de toneladas caso a seca no Sul persista. "A B3 também vem reagindo porque vamos entrar no primeiro semestrecom estoques mais apertados, e a safrinha só entra em junho, e importar é caro", explica.
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho continua lento e com pouca intenção de compra por parte dos consumidores de maneira geral. É possível que essa falta de interesse por parte dos compradores perdure até os primeiros dias de janeiro. A votação do orçamento de 2022 pode trazer volatilidade no câmbio”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) registrou altas no final da tarde desta terça-feira (21) e encerrou as atividades do dia positivas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento março/22 foi cotado à US$ 5,98 com alta de 7,75 pontos, o maio/22 valeu US$ 5,99 com ganho de 7,50 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 5,97 com valorização de 7,75 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 5,66 com aumento de 6,25 pontos.
Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, explica que no exterior hoje está havendo uma pressão menor da variante Ômicron do coronavírus, o que deixou a economia um pouco mais calma. "O mercado mais acomodado e vem revertendo, vamos ter demanda maior que a oferta, além da questão da seca na América do Sul", disse.