B3 sobe nesta 3ªfeira com novas possibilidades de exportação aparecendo
A terça-feira (23) chega ao final com os preços futuros do milho sustentando as altas obtidas ao longo do dia na Bolsa Brasileira (B3) fechando o terceiro pregão consecutivo no campo positivo da tabela.
O vencimento janeiro/22 foi cotado à R$ 89,24 com perda de 2,11%, o março/22 valeu R$ 89,23 com desvalorização de 2,12%, o maio/22 foi negociado por R$ 85,85 com baixa de 1,24% e o julho/22 teve valor de R$ 83,60 com queda de 0,60%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, nós chegamos ao final do ano e não há mais muito espaço para demanda com as indústrias de ração parando daqui à duas ou três semanas para as tradicionais manutenções de final de ano.
“Ninguém quer comprar milho. Ainda tem muito milho na mão do produtor para fixar, milho parado em cooperativa, cerealista e produtor e isso deixa o mercado calmo agora”, diz.
Na visão de Brandalizze, a B3 está em leve alta com o mercado tentando se movimentar para novos negócios na exportação. “Hoje os portos ainda conseguem pagar de R$ 86,00 à R$ 88,00, com chances de R$ 90,00 para o milho embarcando em janeiro e fevereiro. Tem mercado internacional e devem agilizar novos negócios de exportação”, explica.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também contabilizou elevações nesta terça-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas nas praças de São Gabriel do Oeste/MS e Luís Eduardo Magalhães/BA.
Já as valorizações apareceram em Ubiratã/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR. Brasília/DF, Eldorado/MS, Amambai/MS, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto Paranaguá/PR e Porto Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “a saca de milho se mantém nos patamares de R$83,00/sc com mercado doméstico calmo e exportadores pouco agressivos”.
Enquanto isso no Paraná, 4% das lavouras paranaenses já avançaram para frutificação, 17% estão em floração e 79% seguem em descanso vegetativo, conforme aponta o último relatório divulgado pelo Deral (Departamento de Economia Rural) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná.
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Já no Mato Grosso, o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando que o custo do milho para a safra 2021/22 subiu 3,24% ao longo do mês de outubro, a décima alta consecutiva desde janeiro/21.
O custeio da safra de milho no estado foi estimado em R$ 2.236,34 por hectare com fertilizantes e corretivos apresentando o maior destaque, com alta de 4,67% no período.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também ganhou força ao longo deste segundo dia da semana e fechou a terça-feira acumulando movimentações positivas para os preços internacionais do milho futuro que se alavancaram na parte da tarde.
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,80 com alta de 5,80 pontos, o março/22 valeu US$ 5,88 com elevação de 4,00 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,92 com ganho de 4,00 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,93 com valorização de 4,00 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (22), de 0,69% para o dezembro/21, de 0,68% para o março/22, de 0,68% para o maio/22 e de 0,68% para o julho/22.
Segundo informações da Agência Reuters, o milho estendeu os ganhos da sessão anterior impulsionados pelas preocupações com a inflação, que sustentaram os mercados de commodities em geral, e pelas altas do trigo, que subiram novamente para máximas de nove anos com o declínio nas avaliações semanais das condições da safra dos EUA e preocupações de oferta.