Milho: B3 sobe nesta 2ªfeira e retoma patamar dos R$ 90,00
A segunda-feira (01) chega ao final com os preços futuros do milho se mantendo altistas na Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 90,20 com valorização de 1,92%, o janeiro/22 valeu R$ 90,30 com alta de 1,65%, o março/22 foi negociado por R$ 90,24 com ganho de 1,85% e o maio/22 teve valor de R$ 86,42 com elevação de 1,19%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as puxadas das cotações na B3 aconteceram em função do mercado externo, que dão oportunidades de negócios nos portos de R$ 88,00 a R$ 90,00 para exportação.
“Há expectativa de que se volte a negociar milho brasileiro para exportação neste mês de novembro porque já está dando liquidez de exportação novamente. Nesses patamares já dá para fazer negócios novamente para exportação”, diz.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou flutuações positivas e negativas neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Dourados/MS, Oeste da Bahia e Porto Santos/SP.
Por outro lado, confirmou valorizações nas praças de Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Brasília/DF, Eldorado/MS e Amambai/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “as chuvas têm sido benéficas para o desenvolvimento do plantio em praticamente todas as regiões produtoras do Brasil. No entanto, o stress do dólar nos últimos dias elevou os preços do cereal nos portos, o que travou as negociações no mercado físico de uma maneira geral desde o final da semana anterior”.
Enquanto isso, o relatório Céleres/Abramilho indicou que o plantio da safra verão está em 59% no Brasil.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que o movimento baixista continua sendo observado no mercado do milho na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) fechou a R$ 86,84/sc nessa sexta-feira (29), recuo de 2,72% entre 22 e 29 de outubro, com baixa no mês de 5,43%.
“De modo geral, compradores seguem afastados das aquisições de milho no spot nacional, indicando estarem abastecidos e atentos ao fraco ritmo de exportações, ao bom desenvolvimento da safra verão no Brasil e ao andamento da colheita nos Estados Unidos. Parte dos vendedores, por sua vez, está mais flexível, tendo em vista que muitos ainda detêm estoques e precisam negociar com a chegada da safra verão”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também se manteve altista para os preços internacionais do milho futuro ao longo desta segunda-feira.
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,79 com valorização de 10,75 pontos, o março/22 valeu US$ 5,87 com alta de 10,75 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,90 com ganho de 10,75 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,89 com elevação de 10,25 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (29), de 2,12% para o dezembro/21, de 1,91% para o março/22, de 1,90% para o maio/22 e de 1,90% para o julho/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho avançaram com a força dos ganhos do trigo, que subiram para seus preços mais altos em 8 anos e meio nesta segunda-feira, impulsionados pela forte demanda em um cenário de redução da oferta mundial.
O novo boletim semanal de embarques de grãos do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe volumes dentro do esperado para o milho nesta segunda-feira.
Os embarques semanais de milho foram de 619,34 mil toneladas, enquanto o mercado esperava algo entre 475 mil e 900 mil toneladas. Com esse volume, o total embarcado no ano comercial chegou a 5,422,076 milhões de toneladas do cereal, ficando 22% atrás do mesmo período do ano passado.