Milho perde força ao longo da 4ªfeira e fica em campo misto na B3
A quarta-feira (06) chega ao fim com os preços futuros do milho ficando próximos da estabilidade e flutuando em campo misto na Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 89,90 com queda de 0,47%, janeiro/22 valeu R$ 90,12 com perda de 0,38%, o março/22 foi negociado por R$ 90,83 com baixa de 0,04% e o maio/22 teve valor de R$ 87,82 com alta de 0,02%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 ficou em alta durante boa parte do dia refletindo o dólar, que também estava em alta ante ao real.
“O mercado de porto paga R$ 1,00 a mais por saca do que ontem e internamente fica a R$ 94,00 junto às indústrias de ração. Então a B3 está basicamente com flutuações cambiais”, explica Brandalizze.
O preço da saca de milho no mercado físico brasileira recuou nesta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou valorizações em nenhuma das praças. Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Ammbai/MS e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, a pressão de baixa foi maior diante de uma pequena elevação no volume de oferta, variando conforme a região. Ao mesmo tempo, o comprador, relativamente bem abastecido, entrou no mercado de forma escalonada e controlada.
Em Goiás, o preço médio do cereal recuou R$ 0,90 e fechou a sexta-feira (01) valendo R$ 78,96.
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Já no Mato Grosso do Sul, por exemplo, o preço do milho ficou estável nesta última semana, sendo cotado à R$ 81,75, relatou a Famasul, que também consolidou os números finais da safrinha de milho com queda de 48,9% na produtividade estadual ante a safra passada.
De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “O plantio da primeira safra do milho 21/22 já superou 24% das áreas destinadas para o cultivo do grão no Brasil, com os estados do Sul se sobressaindo nessa etapa do cultivo. No mercado físico a baixa liquidez mantém os preços estáveis pelo país, com a saca em Campinas/SP vendida na casa dos R$ 92,00”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro cederam ao longo da quarta-feira e encerraram as atividades na Bolsa de Chicago (CBOT) contabilizando recuos.
O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 5,32 com desvalorização de 5,25 pontos, o março/22 valeu US$ 5,41 com baixa de 5,00 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,46 com queda de 4,50 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,46 com perda de 4,25 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 0,93% para o dezembro/21, de 0,92% para o março/22, de 0,73% para o maio/22 e de 0,91% para o julho/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho da Chicago Board of Trade caíram na quarta-feira devido à pressão da safra sazonal e às previsões que devem permitir que os agricultores dos Estados Unidos continuem a fazer bom progresso com a colheita de suas safras, disseram traders.
“A colheita deve continuar a se expandir com o clima permitindo um rápido progresso, com os rendimentos se mantendo bem no geral até agora”, disse a FuturesOne em uma nota aos clientes.