Brasil fecha setembro exportando 2,8 mi de t de milho, volume é menos da metade do registrado em set/20

Publicado em 01/10/2021 15:52 e atualizado em 01/10/2021 16:23

Durante o mês de setembro o Brasil exportou 2.855.263,4 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). 

Este volume representa aumento de 1.157.803,7 toneladas com relação ao acumulado até o reporte anterior (1.697.459,7) e é 65,64% do total alcançado durante o mês de agosto de 2021 (4.349.451,2). Além disso, é apenas 44,81% das 6.371.263,4 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de setembro 2020.

Com isso, a média diária de embarques ficou em 135.964,9 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa redução de 55,19% com relação as 303.393,5 do mês de setembro de 2020. 
 
Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 536.947 mil no período, contra US$ 1.038.565,9 mil de todo setembro do ano passado. Já na média diária, o atual mês contabilizou decréscimo de 48,3% ficando com US$ 25.568,9 por dia útil contra US$ 49.455,50 em setembro de 2020.  

Por outro lado, o preço por tonelada obtido registrou elevação de 15,37% no período, saindo dos US$ 163,00 no ano passado para US$ 188,1 neste mês de setembro.

Em sua última projeção, a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) estimou a exportação brasileiro de milho em setembro em 2,525 milhões de toneladas, patamar este que foi superado em aproximadamente 330 toneladas.

De acordo com os dados consolidados da Secex, de janeiro até agosto, o Brasil já exportou 9.980.749 toneladas de milho, número 25,9% menor do que o mesmo período do ano anterior.

O analista de mercado da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael destaca que, as exportações, que no começo do ano era estimadas em 35 milhões de toneladas, agora já são esperadas entre 15 e 19 milhões de toneladas, podendo ser até menores do que isso, já que não há novos negócios acontecendo.

Caso as exportações brasileiras terminem 2021 abaixo das 19 milhões de toneladas, Rafael acredita que os estoques do cereal vão começar a nova safra mais altos, o que somado a perspectiva de aumento de 15% na produção da safra verão 21/22 pode aumentar ainda mais a oferta nacional e pressionar as cotações no primeiro semestre de 2022.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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